Em entrevista a Pedro Bial, o general Villas Boas explicou melhor a fala de seu colega de Exército, inclusive sob uma tentativa de pressão do apresentador global que claramente pedia algum tipo de punição ao general Mourão. Vejam um trecho:
Após estas explicações, fica mais fácil entender que falar em “intervenção militar” não é sinônimo de pregar um golpe contra a democracia, e sim de lembrar que, na própria Constituição, um dos papeis fundamentais das Forças Armadas é justamente proteger as instituições democráticas, se os três poderes fracassarem nisso e levarem ao caos institucional. Ninguém disse que já chegamos lá, mas sim que, se isso acontecer, os militares poderão ser convocados a agir, não contra a Constituição, mas de acordo com ela.
Leandro Ruschel também se manifestou em defesa do teor da fala do general:
O General Mourão afirmou o óbvio: se todos os poderes estiverem podres e não funcionarem mais, cabe às Forças Armadas defenderem o Estado de Direito.
Na verdade, o Brasil só não virou a Venezuela justamente porque as Forças Armadas ainda não foram completamente dominadas pela esquerdalha. Então, agradeça a sujeitos como Mourão por não estar revirando lixo em busca de comida e tomando tiro de policial na rua ao reclamar.
Ou alguém acha que os petralhas não implementariam uma ditadura caso tivessem os meios para tal?
Pergunta retórica, sem dúvida. Sabemos a resposta. Os petistas desejam e tentaram implantar no Brasil o mesmo modelo venezuelano, cujo ditador ainda defendem abertamente, apesar de tudo. Para essa corja, a democracia é apenas uma farsa para tomar o poder, nada mais. Em “autocrítica”, os petistas concluíram que falharam justamente ao não aparelhar mais ainda as instituições, a começar pelas Forças Armadas.
É alvissareiro, portanto, que o alto comando do Exército não tenha medo de repetir o óbvio: as Forças Armadas não vão se intimidar diante de discursinho enganoso dos verdadeiros golpistas. Se for preciso entrar em ação para salvar a própria democracia, então deixam claro que o fariam. E é exatamente o que o povo decente quer ouvir. É um recurso de última instância, mas que precisa estar lá, disponível e preparado, até para intimidar os golpistas com disfarce democrático.
Rodrigo Constantino
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