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quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Marchezan diz que solução para a Carris pode ser "privatização, venda ou fechamento"

Em entrevista ao Gaúcha Atualidade, prefeito de Porto Alegre disse que manter empresa é inviável da forma como atua hoje


Em entrevista ao Gaúcha Atualidade na manhã desta quinta-feira (21), o prefeito de Porto Alegre Nelson Marchezan disse que a crise financeira enfrentada pela Carris deverá exigir uma "solução" que poderá ser a privatização ou o encerramento da empresa de ônibus da Capital.

– Precisamos propor uma solução para a Carris, que pode ser venda, privatização, fechamento. Ainda não buscamos as melhores alternativas, pois é um processo que tem muitas opções, e cada uma delas com muitos reflexos – afirmou Marchezan.

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Segundo ele, a partir de uma análise financeira feita pela prefeitura, a Carris é inviável – os custos à prefeitura giram entre R$ 50 e R$ 60 milhões por ano. 

– O volume colocado em segurança pública, por exemplo, é dezenas de vezes menor do que o que é repassado para a Carris para ela poder funcionar. Precisamos pensar numa solução adequada, onde a prefeitura não precise mais colocar R$ 60 milhões na empresa – afirmou.

Marchezan ainda afirmou que o início do processo de quebra definitiva da Carris se deu a partir de 2011, com o decreto da gratuidade na segunda passagem –em agosto, a prefeitura tentou encerrar o benefício, mas a Justiça manteve a isenção ao aceitar uma liminar.

– A Carris tem uma série de problemas de gestão, mas a segunda passagem foi determinante para a falência absoluta (da empresa) – concluiu.


Além do déficit gerado pela segunda passagem, o prefeito também afirmou que o fato de a Carris ser uma empresa pública e precisar fazer licitações para todas as compras é mais um ponto que dificulta a gestão dos custos da empresa.

– Tudo na Carris precisa ser comprado de acordo com a lei das licitações. Por exemplo, temos ônibus de diversos modelos diferentes, então não conseguimos padronizar a frota, nem a compra de peças. Por isso, também compramos em menor volume, o que aumenta o preço – explica.

Ainda segundo o prefeito, outra grande dificuldade da Carris é a manutenção dos ônibus por conta da falta de peças:

– O índice de roubo de peças na Carris é muito grande. Temos muitos ônibus parados na garagem porque faltam peças para realizar os consertos.


Gaúcha ZH

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