Capital é uma das 11 cidades escolhidas para receber o projeto Ruas Completas da WRI Cidades Sustentáveis
III Seminário de Mobilidade Urbana ocorreu no auditório da Famurs | Foto: Guilherme Testa
Alternativas seguindo este enfoque foram abordadas durante o III Seminário de Mobilidade Urbana - Porto Alegre para Pessoas, promovido pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e pelo Programa Vida no Trânsito, sob coordenação da Secretaria Municipal de Saúde. A atividade integrou a programação da Semana Nacional do Trânsito, que tem como tema “Minha escolha faz a diferença no trânsito”.
Com o auditório da Famurs praticamente lotado, foram apresentados dois projetos nesta área. Um deles é o da importância de pensar maneiras de melhorar os espaços para os pedestres. Segundo a arquiteta do Cidade Ativa, Gabriela Callejas, que fez a apresentação, o deslocamento a pé é um modo de transporte, apesar de muitas vezes não ser entendido dessa maneira. “O andar a pé tem que ter destaque. É uma maneira de se locomover muitas vezes mais rápida, porque os trajetos são mais flexíveis, e prática do que andar de carro, por exemplo. Você pode sair de qualquer ponto e ir para qualquer lugar”, enfatizou.
Foi apresentada pela engenheira civil Paula Santos, da WRI Cidades Sustentáveis, o projeto “Ruas Completas”, que tem como finalidade estimular a mobilidade a pé, mas também a segurança das pessoas. Inclusive, Porto Alegre foi uma das 11 cidades brasileiras inseridas no projeto, que já começou a ser desenvolvido. Segundo o diretor-presidente da EPTC, Marcelo Soletti, técnicos da Prefeitura já têm se organizado com integrantes da WRI (que é um ONG internacional) para viabilizar a implantação do projeto na cidade. “Vamos pegar uma rua de modelo, que ainda está em estudo, para fazer um trabalho focando na melhoria da calçada, redução no espaço para o veículo e de velocidade, para que possa ser um ambiente seguro e as pessoas possam utilizar de maneira permanente e com segurança”, detalhou.
Ele explicou ainda que o seminário teve como objetivo exatamente discutir a presença do pedestre dentro do âmbito da mobilidade urbana. “A acidentalidade atualmente é de 50% envolvendo os pedestres. E eles são o elo mais frágil do trânsito”, destacou.
Correio do Povo
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