terça-feira, 12 de setembro de 2017

Bolsa de Valores de São Paulo chega a recorde de valorização com 74.319 pontos

Marca é a mais alta desde maio de 2008, estimulada por enfraquecimento das delações da JBS

Marca é a mais alta desde maio de 2008, estimulada por enfraquecimento das delações da JBS | Foto: Nelson Almeida / AFP / CP

Marca é a mais alta desde maio de 2008, estimulada por enfraquecimento das delações da JBS | Foto: Nelson Almeida / AFP / CP

A Bolsa de Valores de São Paulo registrou, nesta segunda-feira, 74.319 pontos, uma alta de 1,7%, estimulada, entre outros fatores, pelo enfraquecimento das denúncias de corrupção contra o presidente Michel Temer, segundo especialistas. É um recorde para o índice econômico. A marca histórica anterior do Ibovespa é de 20 de maio de 2008, quando atingiu 73.516 pontos. A bolsa está há três semanas acima dos 70.000 pontos e acumula alta de 23,4% em um ano.

Segundo André Perfeito, da Gradual Investimentos, três fatores encorajaram os investidores, entre eles, as novas evidências que levaram à suspensão do acordo de leniência com a JBS - que deram início às acusações de corrupção contra Temer. Essa situação pode abrir espaço para o avanço das reformas almejadas pelo mercado, começando pela previdenciária.

Os outros dois fatores que incentivaram a alta foram o fim da recessão e os excedentes de liquidez internacional, que favorecem a compra de títulos brasileiros. "O mercado está muito interessado nas reformas do Temer e essa história [da prisão dos sócios] da JBS dá a entender que o presidente não vai ter que fazer esforço para se defender e, sim, para passar as reformas econômicas", disse Perfeito.

A Procuradoria Geral da República revogou a imunidade concedida aos empresários ligados à JBS, Joesley Batista e Ricardo Saud, cujas delações haviam baseado a acusação de corrupção passiva de Temer. Por causa das denúncias, entre meados de maio e julho, o Ibovespa oscilou entre 60.000 e 65.000 pontos. A sequência de valorização começou em agosto, mês em que acumulou 7,4% de alta, influenciado, em grande medida, pelos anúncios de privatização de dezenas de ativos estatais.


AFP e Correio do Povo


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