Desenvolvida pelo Instituto Evandro Chagas, doses tiveram resultados positivos em camundongos e primatas
Foto: Divulgação / Fiocruz
Depois de apresentar resultados promissores em camundongos e primatas, a vacina contra zika, desenvolvida pelo Instituto Evandro Chagas, deve ser testada em humanos a partir de 2018. Conforme o site G1, a informação foi confirmada na sexta-feira (11), durante a XIX Jornada Nacional de Imunizações, evento organizado pela Sociedade Brasileira de Imunizações, em São Paulo.
A instituição vinculada ao Ministério da Saúde, e que conta com a parceria da Universidade do Texas no desenvolvimento das doses, deve definir como a pesquisa será realizada ainda em 2017.
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Em julho, o estudo em camundongos foi publicado na revista científica Cell Reports. Embora positivos, os resultados em primatas ainda não foram divulgados. Consuelo Oliveira, pesquisadora clínica do Instituto Evandro Chagas, garante que ambas pesquisas são promissoras.
Os testes com camundongos tiveram várias etapas. Na primeira, a intenção era descobrir se a vacina produzia a própria doença. Para isso, os pesquisadores utilizaram dois grupos de camundongos - um deles foi inoculado com a vacina e outro com o vírus selvagem. Seis dias depois, os animais infectados com o vírus selvagem apresentaram alta carga viral em todos os órgãos testados. Os que foram inoculados com a vacina não apresentaram nenhuma carga viral nos músculos e no cérebro e uma baixa carga em outros órgãos.
Dez dias após a infecção, os camundongos infectados com o vírus selvagem mantiveram carga viral no rim, cérebro, olho e especialmente nos testículos. Já nos roedores inoculados com a vacina, não havia mais carga viral detectável em nenhum órgão.
A segunda bateria de testes serviu para avaliar se a vacina poderia causar danos ao tecido nervoso dos camundongos recém-nascidos. Novamente, dois grupos de animais receberam a vacina e o vírus selvagem - mas, desta vez, a inoculação foi feita diretamente no cérebro. Todos os roedores que receberam a injeção com a vacina sobreviveram. Já entre os que receberam a injeção com o vírus selvagem, 25% morreram.
Zero Hora
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