Número de nascimentos passou de 176 mil em 2000 para 141 mil em 2016
Número de nascimentos passou de 176 mil em 2000 para 141 mil em 2016 | Foto: Mauro Schaefer / CP Memória
Com o passar dos anos, de 2001 a 2016, a taxa de crescimento da população do Rio Grande do Sul vem sofrendo um decréscimo devido à queda do número de nascimentos e, principalmente, em virtude da migração para outros estados. As informações foram divulgadas pela Fundação de Economia e Estatística (FEE), através do Núcleo de Demografia e Previdência (NDP).
No estudo conduzido pelo estatísticos da FEE, Pedro Zuanazzi e Mariana Bartels, foi verificado que, no início dos anos 2000, o Estado registrava 176 mil nascimentos, número que continuou caindo até 2007. Houve, então, um aumento dos nascimentos, situação que mudou novamente a partir de 2010. Em 2016, foram estimados 141 mil nascimentos no RS. Os motivos são difíceis de precisar, mas é possível especular que a crise econômica possa ser um influenciador.
O número de óbitos, por sua vez, aumenta continuamente. Ao analisar a proporção de óbitos pela população, percebeu-se uma taxa de mortalidade de 0,77% em 2016. Já o crescimento vegetativo, que são os nascimentos menos os óbitos é possível aferir o quanto o Estado estaria crescendo em termos de população. Este dado seria de 0,48% de crescimento da população.
No entanto, há um fator a ser considerado, que é a migração, algo que já vem sendo verificado nos últimos Sensos. Com isso, a taxa de crescimento cai para 0,34%. De acordo com Zuanazzi, o principal estado a receber imigrantes é Santa Catarina, seguido por Paraná.
O estudo também mostrou que a população gaúcha está envelhecendo mais e que número de mulheres em relação aos homens cresce. Mesmo que nasçam mais meninos do que meninas — para cada 100 mulheres, são cerca de 105 bebês do sexo masculino —, já é atestado que eles vivem menos. As mortes começam a aumentar a partir dos 20 anos devido a causas não naturais, como agressões e acidentes de trânsito.
A partir dos 25 anos, passa-se a ter mais mulheres do que homens no RS. Aos 20 anos, a proporção é de 102 homens para cada 100 mulheres. Já aos 40, é de 95 para 100 e, aos 60, cai de 86 para 100. Mas o que realmente chama atenção é na população acima dos 80 anos. Nessa faixa etária, são 50,7 homens para cada 100 mulheres.
Em uma análise municipal, o estudo da FEE mostrou que a a população se concentra majoritariamente no entorno de Porto Alegre e Caxias do Sul. Entre os 20 maiores municípios gaúchos, Bento Gonçalves mostra a maior taxa de crescimento de 2010 para 2016: 7%. Já entre os cinco maiores municípios, Caxias é o que tem o maior crescimento desde 2010 - 5,96%, ou 26.777 pessoas, o maior crescimento absoluto do Estado.
Já Porto Alegre conta com o segundo maior crescimento absoluto. São 18.796 pessoas a mais, no entanto, o número pode enganar, pois, de acordo com o estatístico, representa muito pouco para a Capital. Ele aposta, inclusive, que possa começar um decréscimo populacional. O município de Uruguaiana, por sua vez, foi o único no Estado que mostra perda de população: - 2,84% desde 2010.
Correio do Povo
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