terça-feira, 1 de agosto de 2017

Políticos da oposição voltam a ser detidos na Venezuela

Da Agência EFE

O Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) da Venezuela voltou a deter na madrugada desta terça-feira (1º) os políticos opositores Leopoldo López e Antonio Ledezma, que estavam em regime de prisão domiciliar. As informações são da agência de notícias EFE.

"Acabam de levar Leopoldo de casa. Não sabemos onde ele está, nem para onde o levaram. (Nicolás) Maduro é responsável se algo lhe acontecer", disse Lilian Tintori, a esposa de López, através do Twitter.

O deputado Richard Blanco, coordenador do partido Alianza Bravo Pueblo (ABP), indicou que o Sebin também levou "o prefeito Ledezma" nesta madrugada.

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Alguns dirigentes do Vontade Popular (VP), o partido de López, bem como do ABP, a legenda de Ledezma, reiteraram essas informações, responsabilizaram o presidente Nicolás Maduro pela integridade física de ambos e asseguraram desconhecer o local para onde eles foram levados.

Vários representantes da coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) divulgaram um vídeo que mostra Ledezma sendo retirado de sua residência - onde estava em regime de prisão domiciliar desde 2015 - por funcionários do Sebin.

Uma fonte próxima a López confirmou que também foram funcionários do Sebin os que levaram o opositor de sua residência, onde ele cumpria prisão domiciliar desde 8 de julho.

Ledezma foi detido em fevereiro de 2015 acusado de conspiração e formação de quadrilha e, após dois meses na prisão militar de Ramo Verde, recebeu uma "medida cautelar" e, por motivos de saúde, passou a cumprir a pena em sua residência. Quase dois anos e meio após sua detenção, Ledezma ainda não foi condenado.

López, por sua vez, passou mais de três anos na mesma prisão e seus advogados denunciaram que ele foi torturado em várias ocasiões.


Agência Brasil


RELATÓRIO DA REUNIÃO DA F. K. ADENAUER E ODCA! DESDOBRAMENTOS DA REUNIÃO DO G-20 EM HAMBURGO - 2017!


REUNIÃO DO COMITÊ EXECUTIVO DA ODCA.
Buenos Aires – 27, 28 e 29 de julho de 2017.
Primeira Parte: 1. Apresentação pela FKA da reunião do G-20 em Hamburgo e seus desdobramentos. Para a FKA foi um enorme sucesso. Todos os relatórios sobre os temas (com exceção da questão ambiental em função dos EUA), foram aprovados por unanimidade. Otimismo em relação à economia mundial, e preocupação em relação ao terrorismo. 
2. G-20 amplia o leque dos assuntos que aborda. Há uma tríade responsável: o atual país responsável, o anterior e o seguinte. Em 1 de dezembro de 2017, a Argentina assume a coordenação. A próxima coordenação a partir do fim de 2018, será do Japão.
3. Temas novos incluídos nas prioridades do G-20: a África, a Saúde e a Educação. África, esforço pelo desenvolvimento. Saúde, preocupação com as pandemias e com a resistência biológica em função do excesso de antibióticos consumidos. Educação entra como tema a partir de coordenação da Argentina.
4. A Câmara de Deputados da Argentina criará uma comissão especial de acompanhamento do G-20 durante a gestão argentina e estimula os partidos do continente a interagirem. 
Segunda Parte: 1. O recrudescimento do populismo e neopopulismo. Características tradicionais se mantêm e se intensificam em função do acesso à mídia. As crises abrem caminho para as lideranças carismáticas e "salvadoras" com o uso da internet e das redes sociais. 
2. Há que se ter um foco novo em relação à grave situação do desemprego, em especial relativo aos mais jovens. Os partidos da ODCA deveriam encaminhar análises objetivas a respeito, e medidas que têm funcionado. 
Terceira Parte: Reunião do Comitê Executivo da ODCA. Presidente informa suas atividades em especial do trabalho conjunto com a FKA. Recentemente esteve em Berlim avaliando o trabalho político relativo à América Latina com CDU e FKA.
1. Relação com FKA tem sido muito importante para as atividades políticas e temáticas da ODCA. Mas a ODCA deve sempre sublinhar sua autonomia. A mudança do estatuto da IDC na reunião de Malta, em relação a importância das regionais como ODCA, não pode ser dada como favas contadas em relação à entrada de novos partidos diretamente pela IDC. A ODCA não entende que isso esteja resolvido. 
2. As próximas eleições na Argentina, Chile, Honduras e em 2018 México e Brasil devem ter missões da ODCA de acompanhamento.
3. Informe sobre a situação das campanhas eleitorais no Chile, Honduras e México. No Chile, a Democracia Cristã, depois de muitos anos, desde a redemocratização, na eleição presidencial de fim de 2017, irá com candidato próprio. As primárias, coordenadas pelo PS, mostraram que não haveria respeito pelos espaços na coligação. 
4. As pesquisas mostram Piñera -RN/UDI- na frente, com menos de 30%, seguido pela candidata de um novo partido -Frente Ampla- e muito próximo pelo candidato do PS, ambos com pouco menos de 25%. O candidato da DC tem menos de 10%. Com a reforma eleitoral terminando com a dupla maioria na eleição de deputados e senadores nos distritos eleitorais, a DC, que normalmente tem quase 15% dos deputados pode ter um baque. E, por isso, há negociações com o PS/PPD de forma a algum tipo de distribuição regional das forças políticas, minimizando o risco parlamentar da DC. O novo sistema eleitoral em que a carteira de identidade é automaticamente o título eleitoral, e a não obrigatoriedade do voto, levou, na última eleição municipal ano passado, a uma abstenção de 65%. Como será agora em nível da Câmara de Deputados? E beneficiando ou prejudicando quais forças políticas.
5. O PAN tem crescido muito no México e, nesse momento, é apontado como favorito na eleição presidencial de julho de 2018. Controla 12 Estados e provavelmente 13 proximamente, ou o equivalente a 40 milhões de pessoas. Mas a luta interna para definir o candidato está demasiadamente renhida. Lidera a esposa do ex-presidente Calderón, com pequena margem. A preocupação maior é com o novo partido criado -Morena-, dissidência do PRD e mais à esquerda, sob a presidência de Lopes Obrador, que exalta o personalismo e a demagogia. É estranho que vários empresários de porte estejam financiando a campanha de Lopes Obrador. Há semelhança com o lançamento da candidatura de Chávez em sua primeira eleição, o que é preocupante. 
6. Finalmente, foi apresentada a situação de Honduras, que terá eleição no final deste ano. O partido nacional governante desenvolveu uma tecnologia eleitoral permanente, responsabilizando seus militantes pelo acompanhamento dos micro distritos de mais ou menos 200 famílias.
7. Foi apresentada a situação do Brasil por Cesar Maia, que mostrou a semelhança metodológica entre a operação Mãos Limpas na Itália e a operação Lava Jato no Brasil. Independente de alguns excessos, a Lava Jato era uma necessidade para moralizar o processo político e eleitoral. A imprevisibilidade vem da desmoralização dos políticos em geral e da falta de alternativas - até aqui. Na Itália, os 2 principais partidos desapareceram -DC e PS- e 4 chefes de governo foram condenados. O desdobramento foi o ciclo Berlusconi e depois a antipolítica do MV5. Mas esse é um problema dos partidos; e as investigações não podem ser afetadas por esse risco. A nova lei de reforma político-eleitoral deve ter este foco também. Com o desgaste dos 3 principais partidos (PT, PMDB e PSDB), o DEM tem crescido, ocupando espaços, especialmente após um deputado seu -Rodrigo Maia- vencer as eleições para presidência da Câmara de Deputados, o que, com o impeachment de Dilma, passa a ser a segunda autoridade da República. 
8. Foi solicitada à ODCA a preparação de um documento para ser apresentado na reunião do comitê executivo da IDC no Camboja em 23 de novembro.
9. Foi debatida a mais grave situação da Venezuela e a ausência de alternativa na medida que o governo Maduro se torna cada vez mais ditatorial. A hipótese de uma guerra civil nem se coloca, pois a oposição é desarmada e ninguém cogita uma intervenção externa. 
10. O Uruguai está sendo um caso à parte na América Latina, seja pela situação econômica muito favorável, mas pelos avanços na democracia social. O Panamá e o Paraguai vão bem economicamente, mas sem a amplitude econômica, política, institucional e social do Uruguai. 
11. A política argentina permanece fracionada, com o caso histórico do peronismo. Renova-se agora em outubro 50% da Câmara de Deputados e 100% do Senado. Cristina Kirchner deve voltar ao Senado mesmo não chegando em primeiro lugar na poderosa província de Buenos Aires. Há a expectativa que Macri consiga avançar na Câmara de Deputados, passando de 30% a 40%, assim como no Senado. As coligações nas provinciais se dão com todo tipo de cruzamento entre partidos, várias vezes contraditório entre uma e outra província. 
12. A FKA tem mostrado a sua preocupação com a situação política dos partidos da ODCA no Equador e no Peru, assim como na Argentina e na Venezuela. Os tradicionais partidos democrata-cristãos nesses países já não têm representatividade e a FKA entende que a ODCA deveria abrir caminho para outros partidos, como o PRO de Macri. A ODCA alega que não há obstrução, mas o PRO deveria formalizar seu pedido de inclusão na forma estatutária da ODCA, assim como o partido Nacional do Uruguai e o Primeiro Justiça da Venezuela. 
13. Em 23 de novembro haverá reunião da comissão executiva da IDC no Camboja, Phnom-Penh. No dia anterior ocorrerá um amplo congresso de partidos asiáticos.


Ex-Blog do Cesar Maia

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