segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Maia afirma que poderia ter dificultado vida de Temer na votação

Presidente da Câmara dos Deputados disse que governo terá de reconstruir base para aprovar reformas

Maia afirma que poderia ter dificultado vida de Temer na votação  | Foto: Evaristo Sá / AFP / CP

Maia afirma que poderia ter dificultado vida de Temer na votação | Foto: Evaristo Sá / AFP / CP

O presidente da Câmara dos Deputados, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, publicada neste domingo, que poderia ter dificultado a vida do presidente Michel Temer durante a votação da denúncia da Procuradoria-Geral da República. Ele, no entanto, afirmou que qualquer movimento poderia prejudicar a sua trajetória como político.

"Não cabia à minha pessoa fazer nenhum movimento que me beneficiasse. Isso mancharia a minha biografia", disse. O deputado nega que deseja o cargo da presidência da República com a justificativa de que não tem o apoio popular necessário.

Maia comentou que o presidente precisará reconstruir a sua base para garantir a aprovação das reformas, principalmente pela necessidade de fazer passar a da Previdência. "Olhando para trás, o momento de mais tensão do presidente nesta crise, foi um bom resultado", afirmou sobre a votação que barrou a denúncia. 

Para Maia, a votação da denúncia deverá ser esquecida pelo governo. A reconstrução da base, segundo ele, passa por reunir pessoas que votaram a favor da apreciação da denúncia. "É uma votação atípica. Agora que vai ser mais delicado. O governo vai ter de esquecer o passado e construir uma base incluindo aqueles que votaram contra o presidente", explicou.

O chamado "Centrão" acredita que o PSDB, que não defendeu Temer na votação, não poderia ficar com o mesmo espaço no governo. No entanto, Maia acredita que o presidente não pode se indispor para perder votos que sejam favoráveis às reformas. "Não adianta exigir do governo um posicionamento que pode inviabilizar a votação dos projetos que podem gerar resultado nos indicadores econômicos e, principalmente, no desemprego", explicou.


Correio do Povo


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