terça-feira, 1 de agosto de 2017

81% dos eleitores defendem processo contra Temer, diz pesquisa Ibope

Do UOL, em São Paulo

Ueslei Marcelino/Reuters

Uma pesquisa feita pelo instituto Ibope por encomenda da ONG Avaaz mostra que 81% dos eleitores brasileiros são a favor da abertura de um processo contra o presidente Michel Temer (PMDB) no STF (Supremo Tribunal Federal). Nesta quarta-feira (2), se houver quórum, a Câmara dos Deputados deve realizar votação que vai definir a continuidade do processo.

O levantamento, feito entre 24 e 26 de julho, ouviu mil pessoas com mais de 16 anos e moradoras de todas as regiões do Brasil. As entrevistas foram feitas por telefone. A margem de erro máxima estimada é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Ainda segundo a pesquisa, para 79% dos entrevistados, "o deputado que votar contra a denúncia é cúmplice de corrupção". O levantamento ainda aponta que 73% dos eleitores crê que o deputado que votar contra a abertura do processo não merece ser reeleito nas eleições de 2018.

"Os eleitores já se decidiram: votar a favor de Temer agora é suicídio político. 81% pedem que seus deputados descubram a verdade sobre Temer e protejam o Brasil dessa corrupção que está drenando os cofres públicos. Se eles nos ignorarem, serão rejeitados nas próximas eleições. Os brasileiros vão se lembrar disso em 2018", disse o coordenador de campanhas da Avaaz, Diego Casaes.

A Avaaz é uma ONG que se apresenta como "movimento cívico global" pelo fim da corrupção. Segundo dados da própria organização, ela conta com 44 milhões de membros no mundo, sendo 8 milhões só no Brasil.

A Presidência da República disse que não vai comentar o resultado da pesquisa.

ENTENDA A DENÚNCIA CONTRA TEMER NA CÂMARA

No fim de junho, Temer foi denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por corrupção passiva. A denúncia teve como base o conteúdo da delação de Joesley Batista, dono da JBS. Segundo Janot, Temer se valeu do cargo de presidente para receber vantagem indevida paga pelo empresário.

Temer nega que haja provas contra ele. Segundo o presidente, a denúncia é baseada em "ilações" e é uma "peça de ficção".

Desde a divulgação da delação da JBS, em maio, Temer partiu em uma ofensiva por apoio na Câmara. Recebeu dezenas de parlamentares e liberou R$ 4,1 bilhões em emendas cuja destinação é dada pelos deputados. Agora, a base do governo já espera ter 280 votos pela rejeição da denúncia, em uma Câmara de 513 deputados federais.

Se a ação no Congresso pode dar certo, fora dele a insatisfação é grande. Segundo pesquisa CNI/Ibope divulgada na semana passada, 70% dos brasileiros consideram o governo Temer como ruim ou péssimo. Junto com sua antecessora, Dilma Rousseff (PT), Temer tem o maior índice de reprovação na série histórica do levantamento, iniciado em 1986.


UOL Notícias


Eleitores do Amazonas não podem ser presos a partir desta terça-feira


Bianca Paiva - Correspondente da Agência Brasil

No próximo domingo (6), mais de 2,3 milhões de eleitores do Amazonas devem voltar às urnas para escolher um novo governador. O pleito foi determinado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em maio, após a cassação dos mandatos do ex-governador José Melo (Pros), e do vice, Henrique Oliveira (SD), por compra de votos nas eleições de 2014.

Saiba Mais

Conforme a legislação eleitoral, a partir desta terça-feira (1º), cinco dias antes da votação, os eleitores não poderão ser presos ou detidos, exceto em caso de flagrante delito ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafiançável

A proibição é uma garantia para que o cidadão não tenha impedimento do exercício do voto, sem ameaças ou pressões indevidas. A medida vale até 48 horas após o dia da eleição, ou seja, até dia 8. Desde o último dia 22, os candidatos ao governo do Amazonas também não podem ser detidos ou presos, de acordo com o calendário eleitoral.

O processo de carga e lacre das mais de 7 mil urnas eletrônicas já começou e deverá ser concluído até sexta-feira (3). Serão 1.508 locais de votação e 7.262 seções eleitorais.

Segundo o TSE, a eleição suplementar para governador no Amazonas vai custar até R$ 18 milhões, incluído o segundo turno, caso seja necessário.


Agência Brasil

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