sexta-feira, 14 de julho de 2017

Você tem mesmo um desconto para pagar à vista?

por Samy Dana

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O governo de Michel Temer introduziu recentemente uma Medida Provisória que permite ao comércio cobrar preços diferentes de um mesmo produto, dependendo da forma de pagamento. Foi uma forma que a equipe econômica encontrou de reduzir custos e abaixar os juros do cartão de crédito.
A prática já existia no mercado há tempos – é o caso do desconto para pagar no cartão de débito ou em dinheiro. A diferença é que agora foi regulamentada. No entanto, a medida remete aos dias iniciais do cartão de crédito, quando as operadoras entraram em uma batalha jurídica com o varejo norte-americano sobre a possibilidade haver uma cobrança extra para vender no cartão de crédito.
Quando uma loja faz uma venda com cartão de crédito, as operadoras de cartão cobram um valor do comércio. Quando o cartão começou a se tornar um meio popular de pagamento, as redes varejistas queriam repassar estes custos aos consumidores. No entanto, as operadoras eram contra a prática, pois queriam passar a imagem aos consumidores de que o uso do cartão era gratuito.

Logo, o lobby do cartão de crédito percebeu que teria mais sucesso se focasse seus esforços na forma com que a diferença de preço era apresentada aos consumidores. “Eles insistiam que se uma loja fosse cobrar preços diferentes para pagar em dinheiro e em cartão, o ‘preço normal’ deveria ser o do cartão, e os clientes que desejassem pagar em dinheiro teriam direito a um ‘desconto’”, explica o economista Richard Thaler, em seu livro “Comportamento Inadequado”. Esta versão era melhor do que a alternativa, na qual o preço para pagar em dinheiro era o normal, e quem quisesse pagar com cartão de crédito teria que enfrentar uma taxa extra.
Thaler argumenta que se fôssemos seres absolutamente racionais, veríamos as duas práticas como idênticas. Afinal, a diferença é a mesma quando o preço no cartão de crédito é de R$ 1,03 e o preço em dinheiro, R$ 1. Mas qualquer um sabe reconhecer que o consumidor vai preferir a ideia de um desconto à de uma sobretaxa. A forma como apresentamos a questão tem um impacto enorme na nossa tomada de decisão.
Com a MP agora em prática, as operadoras de cartão de crédito passam a ser pressionadas para reduzir taxas e juros. No entanto, vale lembrar que elas já ganharam a principal batalha – ninguém explica a diferença de preços como uma sobretaxa do cartão, e sim como um desconto para pagar em dinheiro. Mas a realidade é uma só: existe sim um custo extra para fazer as compras no cartão de crédito.

Fonte: G1 - 13/07/2017 e SOS Consumidor


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