terça-feira, 25 de julho de 2017

Violência obriga fechamento permanente de unidade de saúde na zona Sul de Porto Alegre

Prefeitura busca acordo com Exército para usar terreno em outro ponto e reabrir posto

Prefeitura busca acordo com Exército para usar terreno em outro ponto e reabrir posto | Foto: PMPA / Divulgação / CP

Prefeitura busca acordo com Exército para usar terreno em outro ponto e reabrir posto | Foto: PMPA / Divulgação / CP

Os frequentes casos de violência na região da Vila dos Sargentos, na zona Sul de Porto Alegre, levaram ao fechamento da unidade básica de saúde do bairro Serraria. De acordo com o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), o fechamento por essas motivações é inédito e teve como ato final ato hediondo atribuído a disputas do tráfico de drogas: o corpo de uma vítima foi encontrado esquartejado e decapitado nas imediações da unidade.

A Secretaria Municipal de Saúde informou que os 14 funcionários do local foram remanejados para trabalhar nas unidades Guarujá e Ipanema. Não há qualquer previsão de reabertura do posto, que atendia mais de 5 mil moradores da Serraria. Por enquanto, precisam se deslocar entre três a seis quilômetros para buscar atendimento nas unidades dos bairros adjacentes.

De acordo com a prefeitura, há tratativas com o Exército sobre o uso de terreno na entrada da comunidade, local em que o posto seria reaberto. O presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS), Paulo de Argollo Mendes, não vê a solução como suficiente. “O conceito moderno é de uma área de segurança, com uma estrutura física bem iluminada, cercada, onde se coloca a escola, a creche, o posto da Brigada Militar, o posto da Polícia Civil e a unidade de saúde. Ou seja, cria-se um centro mais seguro também para os moradores", projetou.

Os números do Simers indicam escalada da violência no entorno dos postos de saúde. Conforme dados do sindicado, desde 2014, o Rio Grande do Sul já soma 80 casos de violência em unidades de saúde e seus arredores. Só neste ano já foram 20 casos, nove deles em Porto Alegre.


Correio do Povo

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