Oposição responsabilizou "grupos paramilitares" que, segundo ela, seriam ligados ao governo Maduro
Oposição responsabilizou "grupos paramilitares" que, segundo ela, seriam ligados ao governo Maduro | Foto: Federico Parra / AFP / CP
Uma mulher morreu, e outras três pessoas ficaram feridas, neste domingo, quando homens de moto atiraram em opositores que votavam no oeste de Caracas em um plebiscito simbólico contra a Assembleia Constituinte
convocada pelo presidente Nicolás Maduro - informou o Ministério Público. "Está-se investigando a morte de Xiomara Escot e três feridos, fato ocorrido durante situação irregular" no populoso bairro de Catia, anunciou um boletim do MP.
Vídeos divulgados pela imprensa mostram uma multidão fugindo, entre gritos de pânico e detonações, para tentar se abrigar em uma igreja próxima ao posto de votação atacado. Dirigentes da coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) condenaram o episódio e responsabilizaram "grupos paramilitares". Segundo eles, esses grupos seriam ligados ao governo Maduro.
"Não tinha acontecido nada sério, nada grave, nenhuma tragédia a lamentar, mas Maduro e seu regime viram uma participação em massa no plebiscito e se apavoraram", declarou em entrevista coletiva a ex-deputada da oposição María Corina Machado, ao responsabilizar o presidente.
"Esses grupos paramilitares agiram à vontade, sem que os corpos de segurança civis e militares agissem", denunciou.
O prefeito de Sucre, Carlos Ocariz, pediu ao MP "no curto prazo, já, uma investigação para determinar responsáveis e, claro, punir esses responsáveis".
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Imprensa (SNTP) também denunciou que o jornalista Luis Olavarrieta foi retido por desconhecidos, agredido e roubado durante os incidentes. Ele teria sido levado para um centro de saúde.
AFP e Correio do Povo
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