quinta-feira, 27 de julho de 2017

Senado derruba mais uma tentativa de Trump para remover Obamacare

Sete republicanos votaram contra e definiram outro fracasso do governo

Sete republicanos votaram contra e definiram outro fracasso do governo | Foto: Yuri Gripas / AFP / CP

Sete republicanos votaram contra e definiram outro fracasso do governo | Foto: Yuri Gripas / AFP / CP

O Senado dos Estados Unidos rejeitou nesta quarta-feira a proposta para derrubar o Obamacare, depois da deserção de republicanos, que na véspera tinham conseguido aprovar a abertura dos debates sobre a reforma da Saúde. Por 55 votos, sete deles republicanos, o Senado se negou a aceitar o desmonte sem substituição da lei de Saúde de 2010. Se a derrogação fosse aceita, dezenas de milhões de americanos teriam ficado sem seguro.

O Senado, com maioria teoricamente favorável a Trump, aprovou por uma margem estreita de votos na terça-feira a abertura dos debates com o objetivo de aprovar nesta semana um projeto para a retirar ao menos parcialmente a lei da Saúde instaurada durante o governo de Barack Obama, conhecida como Obamacare. A votação de terça-feira foi celebrada pelo presidente Donald Trump, que a qualificou de "passo de gigante para o fim do pesadelo do Obamacare" dado pelo Senado, que poderia levar a "um plano verdadeiramente maravilhoso para o povo americano".

A alegria, no entanto, durou pouco: o partido republicano, dividido, não conseguiu chegar a um consenso sobre a reforma do sistema de saúde. Horas depois do voto de Minerva do vice-presidente Mike Pence, nove senadores republicanos se uniram à oposição democrata para rejeitar um projeto de derrogação total do Obamacare. As tentativas de Mitch McConnell, chefe da bancada republicana no Senado, para acabar com o sistema atual de Saúde e propor um substituto estavam destinadas ao fracasso.

O enfoque que parece ganhar terreno é o do desmantelamento limitado do Obamacare, conhecido como "derrogação reduzida". Este caminho eliminaria a obrigação de particulares de contratar um plano de saúde sob pena de multa, assim como a obrigação das empresas de propor uma cobertura médica para seus funcionários. Esta reforma parcial também eliminaria um imposto aos fabricantes de equipamentos médicos.

Mas esta solução provoca críticas dos democratas, que advertem que a eliminação do Obamacare provocará cortes importantes no Medicaid, o programa de cobertura médica para os mais pobres e deficientes, assim como generosas reduções de impostos para os mais ricos e elevação da contribuição para pessoas com antecedentes médicos.


AFP e Correio do Povo

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