Pedido teve 46 votos favoráveis e 19 votos contrários
Pedido teve 46 votos favoráveis e 19 votos contrários | Foto: Jonas Pereira / Agência Senado / CP
O plenário do Senado aprovou, no início da noite desta terça-feira, o requerimento de urgência para o projeto de lei que trata da reforma trabalhista. O pedido teve 46 votos favoráveis e 19 contrários. Com isso, o projeto entra na pauta de votação da próxima terça-feira.
Mais cedo, os líderes partidários fecharam acordo de procedimento para que o texto da reforma seja discutido nas sessões de quarta e quinta-feira. Com o requerimento de urgência, o projeto ganha prioridade na pauta de votações da Casa.
Necessitando de apenas maioria simples para aprovação, a reforma Trabalhista gerou polêmica por vários pontos. Foi, inclusive, rejeitada em uma das comissões do Senado e ainda assim seguiu para Plenário. Entre os pontos mais criticados estão as ampliações de possibilidade do trabalho temporário, e a liberação dos acordos coletivos diretamente entre empresas e funcionários, sem negociação com sindicatos.
O presidente Michel Temer agradeceu à base governista no Senado pela aprovação. “A expressiva margem manifesta na votação, cerca de 70% dos votos dados, é mais um sinal do comprometimento da base de apoio ao governo com as medidas que estão modernizando o Brasil e nossa economia”, disse o porta-voz da presidência da República, Alexandre Parola.
Apenas líderes contrários ao projeto se pronunciaram em Plenário durante a votação do requerimento de urgência. O senador Paulo Paim (PT-RS) lamentou a pressa para votar a matéria. Para o senador, os parlamentares estão traindo o povo brasileiro. "O Senado dá uma de Pôncio Pilatos: lava as mãos e deixa que Cristo – no caso, o povo – seja crucificado porque o Senado não pode mexer uma vírgula em duzentas mudanças na CLT. É Congresso bicameral ou unicameral? Vale nós só carimbarmos as matérias?", questionou Paim.
A crítica é a mesma feita por Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). "Não há uma alma neste Senado Federal, não há um senador que tenha coragem de defender o projeto na íntegra, tal qual aprovado na Câmara dos Deputados. Todos falam em necessidade de mudança", argumentou a senadora.
Agência Brasil e Correio do Povo
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