segunda-feira, 3 de julho de 2017

Preço do combustível oscila a partir de hoje

Estatal adota mudança na política de ajustes e poderá alterar valores diariamente, seguindo cotação internacional

Preço do combustível oscila a partir de hoje | Foto: Alina Souza / CP Memória

Preço do combustível oscila a partir de hoje | Foto: Alina Souza / CP Memória

A partir desta segunda-feira, a área técnica de marketing e comercialização da Petrobras está orientada para realizar ajustes nos preços dos combustíveis a qualquer momento, inclusive diariamente, desde que os reajustes acumulados por produto estejam dentro de uma faixa determinada (-7% a +7%), respeitando a margem fixada pelo Grupo Executivo de Mercado e Preços (Gemp).

Qualquer alteração fora dessa faixa terá que ser autorizada pelo grupo, composto pelo presidente e pelos diretores executivos de Refino e Gás Natural e Financeiro e de Relacionamento com Investidores. A avaliação da companhia é de que os ajustes que vinham sendo praticados, desde o anúncio da nova política em outubro de 2016, não têm sido suficientes para acompanhar a volatilidade da taxa de câmbio e das cotações internacionais de petróleo e derivados.

Na noite da última sexta-feria, a Petrobras anunciou a redução do preço médio nas refinarias em 5,9% para a gasolina e 4,8% para o diesel. Se o ajuste for integralmente repassado pelos postos aos consumidores o diesel poderá cair 2,7%, ou cerca de R$ 0,08 por litro, em média, e a gasolina, 2,4% ou R$ 0,09 por litro, em média. Trata-se da terceira redução de preços nas refinarias em menos de 40 dias. O último foi em 14 de junho, quando o valor da gasolina foi reduzido em 2,3% e o do diesel em 5,8%. Os futuros ajustes de preços passarão a ser divulgados no site www.petrobras.com.br/precosdistribuidoras.

A preocupação é que “a importação está crescendo, o que significa que a Petrobras está perdendo ‘market share’”, conclui o diretor financeiro da estatal, Ivan Monteiro. As importações de diesel por terceiros devem alcançar 1,2 milhão de m³ em junho (959 mil m³ em maio). Já as importações de gasolina deverão atingir 290 mil m³ em junho (311 mil em maio).

Enfatiza, porém, que “o grande beneficiário dessa nova política é o cliente. O que a área comercial pediu foi para que a gente dê ferramentas para que a empresa possa encantar o cliente, reconquistá-lo, porque parte disso foi perdido para o mercado”.


Correio do Povo

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