Plebiscito simbólico contra o presidente Nicolás Maduro e sua convocação de uma Assembleia Constituinte ocorre neste domingo
Plebiscito simbólico contra o presidente Nicolás Maduro e sua convocação de uma Assembleia Constituinte ocorre neste domingo | Foto: Raul Arboleda / AFP / CP
O poder eleitoral da Venezuela pediu à liderança opositora que evite criar "falsas expectativas" com o plebiscito simbólico que realiza neste domingo contra o presidente Nicolás Maduro e sua convocação de uma Assembleia Constituinte. "É uma atividade política que não tem consequência jurídica. O importante aqui é que não se criem falsas expectativas, tampouco se gere nenhuma tentativa de violência", expressou a presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Tibisay Lucena, em entrevista coletiva.
Sem o aval do CNE, que acusa de servir a Maduro, a oposição convocou a consulta com a meta de mostrar um repúdio majoritário à Constituinte, que, segundo pesquisas privadas, é rejeitada por sete em cada 10 venezuelanos. "Eles podem perguntar o que quiserem, porque é um exercício político. O que não se pode é confundir, fazendo pensar que isso possa ter algum valor jurídico", assinalou Tibisay. A coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) afirma que o plebliscito será o marco zero de uma escalada em seus protestos contra Maduro a fim de bloquear a Constituinte, cujas eleições estão marcadas para o próximo dia 30.
O CNE organizou, paralelamente ao plebiscito opositor, uma simulação do processo para escolher os 545 constituintes, do qual a oposição se negou a participar, por considerá-lo "uma fraude" do presidente socialista para instaurar "uma ditadura".
Tibisay expressou que estão sendo testados o mecanismo eleitoral e as medidas de segurança propostas para "realizar o exercício do voto sem riscos", ante os chamados dos adversários de Maduro para se bloquear o processo. A funcionária ratificou que haverá "sanções de acordo com a lei" para quem tentar bloqueá-lo.
Maduro afirma que a Constituinte é "o único caminho para a paz", em meio à grave crise política e econômica no país sul-americano.
AFP e Correio do Povo
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