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terça-feira, 4 de julho de 2017

PMDB não vai fechar questão sobre denúncia contra Temer, diz Jucá

Presidente foi denunciado por corrupção passiva pela PGR

PMDB não vai fechar questão sobre denúncia contra Temer, diz Jucá | Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil / CP Memória

PMDB não vai fechar questão sobre denúncia contra Temer, diz Jucá | Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil / CP Memória

O presidente do PMDB e líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou nesta segunda-feira, 3, que o partido não vai fechar questão sobre a votação da denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara. Segundo

ele, por não ser uma questão partidária, não há razão para obrigar os deputados a seguirem uma orientação.

"Não precisa fechar questão, pois isso não é questão partidária, é questão de foro íntimo, de julgamento", afirmou Jucá. Ele, no entanto, não descarta que a bancada do partido tome a iniciativa. "A bancada do partido, se quiser, vai pedir no âmbito Câmara. A posição do presidente do partido é analisar qualquer pedido e agir como juiz." Quando o partido fecha questão sobre um tema significa que o deputado tem de seguir a posição definida pela sigla para não sofrer uma sanção. Partido de Temer, o PMDB tem 63 deputados federais. A Câmara é composta por 513 parlamentares.

"Nós não fechamos questão no caso do impeachment da Dilma, porque era uma questão processual que estava lá. Você não vai chegar num julgamento e ir no jurado para fechar questão. Respeitamos a posição dos nossos deputados", disse Jucá.

Nenhuma bancada entre os dez principais partidos da base aliada do governo fechou apoio a Temer contra a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Líderes marcaram reuniões nesta semana para tentar definir o posicionamento que devem adotar em relação ao caso na Câmara. Apesar de afirmarem que há maioria na Casa para derrubar o processo, o clima é de incerteza.

A defesa de Temer terá dez sessões para entregar os argumentos contra a denúncia por corrupção passiva protocolada pelo procurador-geral Rodrigo Janot. O presidente é acusado com base na delação de executivos do Grupo J&F - controlador da JSB -, dos irmãos Joesley e Wesley Batista. Os advogados dizem que até o fim desta semana devem apresentar a defesa. O Congresso está às vésperas do recesso parlamentar.


Estadão Conteúdo e Correio do Povo

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