quinta-feira, 6 de julho de 2017

PF confirma fim do grupo de trabalho da Lava-Jato no Paraná

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Policiais vão trabalhar em delegacia especializada em corrupção e lavagem

POR CLEIDE CARVALHO


SÃO PAULO. A Polícia Federal divulgou nota informando que os grupos de trabalho dedicados às operações Lava-Jato e Carne Fraca serão dissolvidos e passarão a integrar a Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas (Delecor). O fim do grupo de trabalho da Lava-Jato em Curitiba foi informado com exclusividade pela revista Época, que lembrou que o desmanche do grupo - reduzido de nove para quatro integrantes - já era esperado dentro da Polícia Federal do Paraná, que há um ano empenhava esforços para manter os trabalhos.

Na nota, a Polícia Federal diz que a medida vai "priorizar ainda mais" as investigações de maior potencial de dano aos cofres públicos, por permite aumento do efetivo especializado em corrupção e lavagem de dinheiro e a troca de informações. A nova delegacia, segundo a nota, contará com o apoio de dois policiais da Superintendência do Espírito Santo. Foi para o Espírito Santo que foi transferido o delegado Márcio Anselmo, um dos pioneiros e principais investigadores da Lava-Jato.

A PF afirmou ainda que o modelo da nova delegacia já é usado com sucesso nas operações realizadas no Rio de Janeiro, Distrito Federal e São Paulo e que o efetivo do Paraná é adequado à atual necessidade e será reforçado caso necessário. A nota reafirma o compromisso da instituição com o combate à corrupção.

Veja a nota:

Sobre o efetivo da Superintendência Regional no Paraná, a Polícia Federal informa:

1. Os grupos de trabalho dedicados às operações Lava Jato e Carne Fraca passam a integrar a Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas (Delecor);

2. A medida visa priorizar ainda mais as investigações de maior potencial de dano ao erário, uma vez que permite o aumento do efetivo especializado no combate à corrupção e lavagem de dinheiro e facilita o intercâmbio de informações;

3. Também foi firmado o apoio de policiais da Superintendência do Espírito Santo, incluindo dois ex-integrantes da Operação Lava Jato;

4. O modelo é o mesmo adotado nas demais superintendências da PF com resultados altamente satisfatórios, como são exemplos as operações oriundas da Lava Jato deflagradas pelas unidades do Rio de Janeiro, Distrito Federal e São Paulo, entre outros;

5. O atual efetivo na Superintendência Regional no Paraná está adequado à demanda e será reforçado em caso de necessidade;

6. A Polícia Federal reafirma o compromisso público de combate à corrupção, disponibilizando toda a estrutura e logística possível para o bom desenvolvimento dos trabalhos e esclarecimento dos crimes investigados.


O Globo

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