Segundo os economistas da Serasa, o desemprego e a recessão econômica são os principais motivos para os altos índices de inadimplência no país.
Por G1
O número de consumidores inadimplentes no país chegou a 61 milhões em maio, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor. Trata-se do maior número da série histórica desde 2012. Somente no mês de maio, cerca de 900 mil consumidores ingressaram no cadastro de inadimplência. Em maio do ano passado, eram 59,5 milhões de pessoas na lista.
Segundo os economistas da Serasa, o desemprego e a recessão econômica são os principais motivos para os altos índices de inadimplência no país.
Score de crédito
O ingresso e a manutenção do nome nos cadastros de proteção, além de restringir diretamente o acesso ao crédito e desorganizar a vida financeira das famílias, também contribui para que o score de crédito do consumidor seja baixo.
Os pontos do Serasa Score são resultantes do relacionamento do consumidor com o mercado e vão de zero a 1.000. Cada pessoa é pontuada de acordo com a análise de uma série de fatores, como pagamentos de contas em dia, histórico de dívidas negativadas, relacionamento financeiro com empresas e dados cadastrais atualizados. Quanto mais baixo o score, maiores são as chances de o cidadão não honrar seus compromissos financeiros nos próximos 12 meses ou ter acesso facilitado ao crédito.
Porém, ao deixar a lista de inadimplentes, o consumidor começa a melhorar sua pontuação, conquistando uma reputação melhor junto ao mercado de crédito.
Mas a elevação ou decréscimo do score após entrada ou saída da lista de inadimplentes dependerá de uma série de fatores, como valor da dívida, quantidade de parcelas em atraso e quanto tempo aquele CPF permaneceu na lista de inadimplência.
Além de limpar o nome, pagar as contas em dia, manter os dados cadastrais atualizados e abrir o Cadastro Positivo ajudam a elevar a pontuação.
Confira dicas da Serasa para sanear as contas atrasadas:
- Renegocie as dívidas de maneira que as novas parcelas da renegociação caibam no bolso e, somadas aos débitos já existentes (desconsiderando o imobiliário), não ultrapassem 20% da renda mensal.
- Prepare-se antes de renegociar: coloque na ponta do lápis todas as despesas fixas e as contas já assumidas ou previstas. Assim, é possível saber o quanto está disponível para pagar a nova dívida que será renegociada, escolhendo quais as condições e formas de pagamento que melhor se encaixam no orçamento.
- O consumidor inadimplente com direito ao resgate do FGTS deve utilizar ao menos parte do valor recebido para quitar dívidas pendentes.
- Use o crédito mais barato para pagar dívidas mais caras: um crédito consignado poderá ser a saída para as parcelas atrasadas do cartão de crédito ou do cheque especial, por exemplo.
G1
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