Considerado principal aliado do Planalto, deputado ainda criticou condenação de Moro a Lula, no caso do triplex
Aliado afirmou não concordar com aumento do combustível | Foto: Alex Ferreira / Câmara dos Deputados / CP Memória
Fiel escudeiro do governo de Michel Temer, o vice-líder da bancada do PMDB na Câmara, deputado federal Carlos Marun (MS), comentou, nesta quinta-feira, a pesquisa Ibope, que apontou índice de70% de desaprovação de Temer e apenas de 5% de apoio ao presidente. Em entrevista ao programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba, Marun considerou que o reflexo da baixa popularidade, a pior desde a série histórica entre os presidentes brasileiros, ocorreu em função de medidas impopulares adotadas pelo Planalto.
“Não vou dizer que é bom e não vou dizer que estou feliz com isso, mas é um risco calculado. Nós estamos trabalhando pensando no amanhã”, avaliou. Autointitulado o maior governista na Câmara, Marun repudiou, porém, o aumento do imposto do combustível anunciado pelo governo federal. “Se eu mesmo não gostei é obvio que ninguém gostou, mas se estabelece como uma necessidade a partir do momento em que não tivemos condição de fazer o que era previsto: aprovar no primeiro semestre a Reforma da Previdência”, disse.
Carlos Marun voltou a desqualificar a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Temer, por corrupção passiva, e classificou a acusação como “Operação Tabajara”, por não haver provas suficientes para derrubar o presidente. Além disso, o parlamentar garantiu não ver “nenhum problema” em os deputados votarem o texto no microfone – como no impeachment da ex-presidente Dilma Roussef– em vez de no painel, como defendem congressistas da base de Temer.
Sobre a condenação de nove anos e seis meses proferida pelo juiz Sergio Moro contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Carlos Marun mostrou-se surpreso e contemporizou a denúncia contra o petista. “Ainda não há provas contra ele (Lula). Eu entendo que este processo do apartamento do tal do triplex é muito frágil. Até me surpreendeu essa condenação”, concluiu.
Rádio Guaíba e Correio do Povo
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