sexta-feira, 14 de julho de 2017

Maia define 2 de agosto como data para votar denúncia contra Temer

Presidente da Câmara salientou que data foi definida em acordo por dificuldade de garantir quórum

Presidente da Câmara salientou que data foi definida em acordo por dificuldade de garantir quórum | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil / CP

Presidente da Câmara salientou que data foi definida em acordo por dificuldade de garantir quórum | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil / CP

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou na noite desta quinta-feira que a votação da denúncia contra o presidente Michel Temer acontecerá no dia 2 de agosto. "É a melhor data. Foi um acordo entre a base e a oposição", disse o parlamentar. Segundo ele, a sessão vai ter início às 9h e deve ser concluída no mesmo dia. Haverá 25 minutos para o defesa de Temer se manifestar e 25 minutos para o relator, Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), que votou pela rejeição da denúncia.

A data foi anunciada após uma reunião com os líderes da Casa. O governo começou a admitir a votação em agosto no início desta quinta-feira, após constatar que não conseguiria mobilizar o quórum necessário de 342 deputados para dar início à votação nos próximos dias, já que a oposição ameaçava obstruir a sessão e muitos deputados da base já estariam fora de Brasília por conta do recesso parlamentar.

Maia disse, no entanto, que a sua intenção era realizar a votação já na segunda-feira, 17. "A minha proposta era dia 17 de julho, mas o governo percebeu que era muito difícil chegar a 342 deputados na Casa com a oposição fazendo obstrução".

Líderes da base tentaram manter o otimismo após o anúncio da data. "O governo terá os votos necessários para barrar a denúncia hoje ou em agosto", disse o líder do governo na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). A oposição, no entanto, espera que fatos novos, como o fechamento de acordos de delação premiada por parte do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o doleiro Lúcio Funaro desgastem ainda mais o governo.

Primeiro na linha sucessória, Maia pode se beneficiar desse adiamento, já que assumiria a Presidência em um eventual afastamento de Temer.  Apesar do apelo da base, o presidente da Câmara não cedeu e manteve o número mínimo de 342 deputados no plenário para dar início à votação. Segundo ele, qualquer outro cenário poderia ser contestado no Supremo Tribunal Federal (STF).


Estadão Conteúdo e Correio do Povo

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