por MAELI PRADO
As novas regras para o cartão de crédito rotativo, que impedem que o cliente se mantenha por mais de 30 dias na modalidade, voltaram a reduzir os juros dos clientes que pagam o mínimo de 15% da fatura.
Segundo dados divulgados nesta quinta (27) pelo Banco Central, esse consumidor pagou uma taxa média de 230,4% ao ano em junho, uma queda de 28,1 pontos percentuais na comparação com maio.
Por outro lado, os juros de quem não pagou esse percentual mínimo da fatura tiveram aumento, de 453,9% para 460,7% ao ano. Com isso, os juros totais dessa categoria tiveram leve alta, de 377,9% % para 378,3% ao ano.
Já as taxas do cartão de crédito parcelado caíram de 159,6% em maio para 157,8% no mês passado.
TAXA MÉDIA
Com a redução na taxa básica de juros da economia, a Selic, em queda desde outubro de 2016, a taxa de juros média para consumidores e empresas voltou a cair no mês passado, para 46,1% ao ano.
Em junho, a taxa média cobrada de consumidores recuou 1,2 ponto percentual, para 63,3% ao ano. Essa é a taxa calculada com recursos livres (que não incluem financiamentos imobiliários, empréstimos do BNDES e crédito rural).
No caso das empresas, os juros recuaram para 24,8% ao ano, uma redução de 1,3 ponto percentual.
O spread (diferença entre o que os bancos pagam para captar recursos e o que cobram na ponta) nos financiamentos a consumidores e empresas também recuou, de 37,7 pontos percentuais para 36,5 pontos percentuais.
A inadimplência teve recuo em relação a maio, em especial no caso das empresas: de 6%, percentual que havia sido recorde para o mês retrasado, para 5,3%. No caso dos consumidores, houve uma leve queda, de 5,9% para 5,8%.
Considera-se inadimplência quando o pagamento não é efetuado no prazo de 90 dias.
Os juros dos empréstimos direcionados (empréstimos imobiliários, BNDES e rural) foram de 10,2% ao ano no mês passado, praticamente estáveis em relação a maio, quando a taxa registrada ficou em 10,3%.
Na média diária, os novos empréstimos com recursos livres para consumidores e empresas totalizaram R$ 12,4 bilhões no mês passado, uma alta de 7% em relação a maio, segundo os dados do BC.
Fonte: Folha Online - 27/07/2017 e SOS Consumidor
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