Da EFE
O governo da Venezuela anunciou nesta quinta-feira (27) que estão proibidas, a partir de hoje (28), todas as manifestações públicas que possam atrapalhar a realização da eleição dos representantes da Assembleia Nacional Constituinte no domingo, alertando também que aqueles que descumprirem a determinação poderão sofrer sanções penais. As informações são da agência de notícias EFE.
"Estão proibidas em todo o território nacional as reuniões e manifestações públicas, concentrações de pessoas e qualquer ato similar que possam perturbar ou afetar o normal desenvolvimento do processo eleitoral", disse o ministro do Interior, Néstor Reverol, em um discurso transmitido em rede nacional de televisão.
"Quem organize, apoie ou instigue a realização de atividades dirigidas a perturbar a organização e o funcionamento do serviço eleitoral ou da vida social do país será punido com prisão de cinco a dez anos", completou o ministro.
A Mesa da Unidade Democrática (MUD), principal aliança de oposição ao governo, convocou para esta sexta-feira (28) uma mobilização batizada "Tomada de Caracas". Trata-se de mais um ato para pressionar o presidente do país, Nicolás Maduro, a retirar a proposta de Constituinte.
Além disso, as Forças Armadas da Venezuela tomarão o controle de vários órgãos estatais e municipais da Polícia hoje. Os militares ficarão nesses locais até o processo eleitoral de domingo (30).
"Credenciamos um grupo de oficiais da Força Armada Nacional Bolivariana (...) que estará encarregado e terá o controle operacional dos corpos estatais da Polícia e 19 corpos municipais de Polícia", anunciou Reverol em um discurso conjunto com os ministros de Defesa e a presidente do Poder Eleitoral.
Reverol também antecipou a adoção de medidas habituais em dias de eleições, como maior fiscalização das fronteiras do país e a proibição de venda de bebidas alcoólicas. Foram proibidas também a comercialização de fogos de artifício.
As eleições dos representantes para a Constituinte ocorrem em meio a vários atos de desobediência civil promovidos pela oposição para impedir um processo considerado fraudulento.
Governadores e prefeitos da oposição têm o controle alguns órgãos regionais de Polícia, que receberão intervenção das Forças Armadas a partir de hoje.
Agência Brasil
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