Ex-ministro do governo Temer foi detido dentro de operação que apura suspeitas de irregularidades na Caixa
Por: Zero Hora
Foto: ANDRÉ DUSEK / ESTADÃO CONTEÚDO
O ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) foi preso preventivamente, nesta segunda-feira (3), pela Polícia Federal (PF), na Bahia. Conforme a PF, Geddel é suspeito de tentar obstruir investigação que apura irregularidades na liberação de recursos da Caixa Econômica Federal.
Como a prisão é preventiva, o político segue detido por tempo indeterminado. Os investigadores se basearam em elementos levantados a partir dos depoimentos do doleiro Lúcio Bolonha Funaro, apontado como operador de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Joesley Batista, um dos donos da JBS, e do diretor jurídico do grupo J&F, controladora da JBS, Francisco de Assis e Silva.
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Segundo a publicação, o ex-ministro do governo Temer foi preso dentro da Operação Cui Bono, que apura suspeitas de irregularidades de pagamento de propina na liberação de financiamento de R$ 4,3 bilhões da Caixa Econômica Federal para empresas, entre elas as da holding J&F. Geddel foi vice-presidente de Pessoa Jurídica do banco estatal.
A força-tarefa da Lava-Jato alega que o ex-ministro "tem agido para atrapalhar as investigações". A atuação de Geddel seria para evitar que Cunha e Funaro firmem acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF). O político estaria agindo para garantir vantagens indevidas para ambos, além de monitorar o comportamento de Funaro.
Conforme a PF, existem registros de mensagens enviadas recentemente — entre os meses de maio e junho — por Geddel à esposa de Funaro. O doleiro entregou à polícia cópias de diversas telas do aplicativo.
O ex-ministro, que era identificado pelo apelido "carainho", teria questionado a mulher de Funaro sobre a possibilidade do operador fechar acordo de delação premiada.
Zero Hora
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