quarta-feira, 5 de julho de 2017

Frigoríficos devem preparar carnes em cortes para exportação aos EUA

Determinação do Ministério da Agricultura tenta retomar abertura para produto do Brasil

Determinação do Ministério da Agricultura tenta retomar abertura para produto do Brasil | Foto: Flavio Wornicov Portela / CP Memória

Determinação do Ministério da Agricultura tenta retomar abertura para produto do Brasil | Foto: Flavio Wornicov Portela / CP Memória

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) determinou a frigoríficos brasileiros que carnes in natura de cortes dianteiros a serem exportadas aos Estados Unidos sigam apenas na forma de recortes, cubos, iscas ou tiras. Segundo nota divulgada pela pasta, a medida visa a facilitar as negociações para retomar as vendas para aquele mercado.

No último dia 23, em coletiva de imprensa, o secretário executivo da pasta, Eumar Novacki, havia antecipado a determinação. O ministério acredita que os problemas comunicados pelo governo norte-americano são decorrentes da vacinação contra a febre aftosa, que poderia causar inflamações. O secretário garantiu que apenas a aparência fica comprometida e que o produto não oferece nenhum risco a saúde.

O Brasil exporta para os Estados Unidos a parte dianteira do boi inteira, local onde o gado recebe a vacina contra a febre aftosa. Mesmo que não esteja aparente, alguma inflamação pode ser detectada quando a peça é cortada. Após a Operação Carne Fraca, mercados como os dos Estados Unidos e da Comunidade Europeia determinaram a fiscalização de 100% da carne brasileira. No final do mês passado, os Estados Unidos suspenderam a importação de carne fresca do Brasil. As 15 plantas que realizavam a exportação para o país acumularam, de janeiro a maio, US$ 49 milhões na operação.

Negociação

No próximo dia 13 de julho, o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Luis Vargas, e o coordenador-geral de Controle e Avaliação do Dipoa, Rafael Filipputti, se reunirão com autoridades sanitárias dos Estados Unidos, em Washington. O objetivo é discutir as medidas de controle adotadas depois que foram detectados abcessos na carne bovina in natura exportada ao mercado norte-americano.

Na última sexta-feira, encerrou o prazo para estabelecimentos industriais revisarem seus programas de autocontrole e implementem medidas adicionais de reinspeção. O Serviço de Inspeção Federal (SIF) também revisou seus planos de fiscalização nos estabelecimentos registrados no Mapa.


Agência Brasil e Correio do Povo

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