Quatro rotas, que estão sendo mantidas por consórcios privados, devem deixar de circular em Porto Alegre nos próximos dias caso a companhia pública não assuma os trechos
Por: Francine Silva
Foto: Felipe Martini / Agencia RBS
A Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP) de Porto Alegre anunciou, nesta segunda-feira (10), que vai suspender quatro linhas de ônibus. A razão seria o desequilíbrio de custos entre as empresas privadas e a Carris.
A ATP alega que a companhia pública não está realizando toda a rodagem prevista pela EPTC, conforme determinado no edital de licitação. ¿Dessa forma, as demais empresas estão operando além do contratado e recebendo menos¿, justifica o diretor-executivo Gustavo Simionovschi.
A reportagem da Rádio Gaúcha aguarda o posicionamento da Carris, que ainda não se manifestou sobre o assunto.
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Segundo a entidade, de fevereiro a maio deste ano, a Carris percorreu 500 mil quilômetros a menos do que o estipulado pelo órgão gestor.
—Não resta outra alternativa aos consórcios senão suspender a realização das linhas nas quais a companhia pública deveria estar operando — afirma Simionovschi.
As linhas afetadas são: 620 Iguatemi/Vila Jardim, 264 Prado, 256 Intendente Azevedo e 349 São Caetano. De acordo com a assessoria da ATP, a suspensão não será imediata. A data do cancelamento será anunciada pela associação ainda nesta semana.
O dirigente explica que, em função do déficit de rodagem, o percentual de receita que a Carris tem direito está diferente do custo, quando deveria ser equivalente. Para corrigir essas diferenças, existe uma câmara de compensação tarifária na capital gaúcha.
— Como temos uma tarifa única em Porto Alegre, mas os custos de operação são diferentes, é preciso que exista uma compensação. Nesse sentido é estabelecido quanto cada empresa tem que rodar e quanto tem que receber — observa.
Zero Hora
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