Defesa de acusada de participar da morte de Bernardo Boldrini solicitou julgamento em separado
Edelvânia Wirganovicz tem pedido de cisão processual negado pela justiça | Foto: André Ávila / CP Memória
O pedido da defesa de Edelvânia Wirganovicz de cisão processual, ou seja, para ser julgada em separado, foi negado pela justiça de Três Passos. Edelvânia é uma das quatro pessoas acusadas pelo homicídio qualificado de Bernardo Boldrini, em 2014. Segundo informações do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, a ré queria ser submetida a júri popular, em separado dos demais, uma vez que não recorreu da sentença de pronúncia.
O pedido foi negado pela Juíza de Direito Vivian Feliciano, nessa terça-feira, por considerar que, embora o Código de Processo Penal faculte a separação dos processos em algumas hipóteses, o que apura a morte do menino Bernardo está seguindo a marcha regular. "Diante do contexto probatório trazido aos autos, entendo não ser conveniente a cisão do processo, devendo haver o julgamento conjunto dos acusados, para evitar decisões conflitantes e facilitar a apreciação da prova pelo Conselho de Sentença", afirmou a juíza.
A defesa de Edelvânia também alegou excesso de prazo processual. A julgadora esclareceu que a "tramitação envolvendo réus presos é célere e respeita o regular andamento processual, no caso em específico, o processo aguarda a preclusão da decisão de pronúncia - especialmente, considerando-se o efeito extensivo do recurso especial pendente de decisão".
O caso aguarda julgamento de recurso no Superior Tribunal de Justiça. Em agosto de 2015, o juiz Marcos Luís Agostini sentenciou os réus Leandro Boldrini, Graciele Ugulini, Edelvânia Wirganovicz e Evandro Wirganovicz a julgamento popular, pelo homicídio de Bernardo Boldrini. Eles responderão pelos crimes de homicídio quadruplamente qualificado (Leandro e Graciele), triplamente qualificado (Edelvânia Wirganovicz) e duplamente qualificado (Evandro), ocultação de cadáver e falsidade ideológica (neste caso, só Leandro Boldrini), conforme a denúncia do Ministério Público.
Correio do Povo
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