Acusação aponta para agenda do presidente com indecisos e liberação de bilhões em verbas para emendas
Acusação aponta que presidente praticou corrupção ativa e passiva, além de organização criminosa | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil / CP
Deputados do PT anunciaram na noite desta terça-feira que vão levar à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma nova denúncia contra o presidente Michel Temer. Com base na agenda presidencial oficial de desta terça-feira, Paulo Pimenta (RS), Wadih Damous (RJ) e Paulo Teixeira (SP) acusam Temer de usar o cargo para compra de votos contra a denúncia apresentada pela PGR em tramitação na Câmara.
Os petistas consideram não só a agenda de audiências com mais de 20 parlamentares no Palácio do Planalto em um só dia, como as informações de que o presidente da República autorizou a liberação de bilhões de reais em emendas no mês passado. Eles acusam existir compra de votos para barrar a denúncia na Câmara.
A denúncia, que deve ser encaminhada à PGR nesta quarta-feira, vai apontar que Temer praticou os crimes de corrupção ativa e passiva, além de organização criminosa, atentando contra a moralidade a administração pública. "Justamente na data em que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dá início ao processo contra Temer, ele passa o dia recebendo deputados indecisos. Está evidente que ele está usando a máquina do governo para comprar votos e fazer chantagens e pressão sobre parlamentares", protestou o deputado Paulo Pimenta (PT-RS).
Estadão Conteúdo e Correio do Povo
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