Entre mulheres, o movimento foi mais intenso do que as demissões para o aumento do desemprego.
Giane Guerra
giane.guerra@rdgaucha.com.br
Foto: Adriana Franciosi /Agencia RBS
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A crise fez gente que não pretendia trabalhar começar a procurar emprego. Dados preliminares mostravam este movimento, que ficou mais evidente a partir da pesquisa de Guilherme Stein e Vanessa Sulzbach, da Fundação de Economia e Estatística, que destrincharam os dados de desemprego dos últimos anos no Rio Grande do Sul.
Foram onze resultados negativos consecutivos no Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul. O primeiro trimestre de 2017 foi o primeiro a não apresentar queda. Teve crescimento nulo. Nesse contexto, a taxa de desemprego do Rio Grande do Sul saltou de 5,4% no primeiro trimestre de 2014 para 9,1% no mesmo trimestre de 2017.
O desempego aumentou, principalmente, pelo rompimento de contratos de trabalho. As demissões são esperadas e um movimento natural em tempos de recessão.
Os pesquisadores chamam a atenção, no entanto, para o segundo motivo para a alta da taxa de desemprego: a transição “de fora da PEA para a desocupação”. Representou 32,4%. Aumentou o contingente da chamada População Economicamente Ativa, que engloba quem está trabalhando ou procura uma ocupação.
- Parte do fenômeno pode ser explicado, na medida em que, por exemplo, chefes de família perdem a ocupação, e outros membros que estavam fora da força de trabalho precisam, agora, ofertar sua mão de obra no mercado. De fato, a explicação parece plausível quando se observam as contribuições de cada componente para homens e para mulheres.
Este movimento, no entanto, liderou o aumento do desemprego entre as mulheres. Ficou na frente do impacto de demissões.
- Tal diferença é um indício de que a crise pode ter mudado a alocação intrafamiliar da força de trabalho. No entanto, trata-se apenas de um indício, uma vez que as causas para tal fenômeno continuam elusivas e, por isso, exigem uma investigação mais profunda.
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