Presidente contrariou prática usual e escolheu segunda colocada na lista de indicações do MP
Presidente contrariou prática usual e escolheu segunda colocada na lista de indicações do MP | Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil / CP
O presidente Michel Temer (PMDB) quebrou a tradição e não escolheu o mais votado pelo Ministério Público como nova procuradora-geral da República. Raquel Dodge, segunda colocada da lista tríplice da eleição interna da Associação Nacional dos Procuradores da república (ANPR), foi a opção do chefe do Executivo. Ela não é alinhada ao atual procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Para ser efetivada, a indicação de Raquel deverá se aprovada pelo Senado.
Os procuradores, em todo País, elegeram na terça-feira, 27, os subprocuradores-gerais da República Nicolao Dino, Raquel Dodge e Mario Bonsaglia, pela ordem, para a lista tríplice. Nicolao teve 621 votos, Raquel, 587 e Mário, 564. A Constituição confere ao presidente a prerrogativa de escolher o chefe do Ministério Público Federal. O presidente não é obrigado a seguir nenhuma indicação da lista.
Raquel Elias Ferreira Dodge é Subprocuradora-Geral da República e oficia no Superior Tribunal de Justiça em matéria criminal. Integra a 3ª Câmara de Coordenação e Revisão, que trata de assuntos relacionados ao Consumidor e à Ordem Econômica. É membro do Conselho Superior do Ministério Público pelo terceiro biênio consecutivo. Foi Coordenadora da Câmara Criminal do MPF, membro da 6ª Câmara, Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão Adjunta.
Atuou na equipe que redigiu o I Plano Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo no Brasil, e na I e II Comissão para adaptar o Código Penal Brasileiro ao Estatuto de Roma. Atuou na Operação Caixa de Pandora e, em primeira instância, na equipe que processou criminalmente Hildebrando Paschoal e o Esquadrão da Morte. É Mestre em Direito pela Universidade de Harvard. Ingressou no MPF em 1987.
Estadão Conteúdo e Correio do Povo
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