O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, afirmou hoje (1º), em Washington, que o PSDB está no governo e tem consciência de seus compromissos, entre os quais apoiar as reformas em curso. “[O PSDB], na sua linha dominante, é um partido que está no governo, que apoia o governo e que sustentará o governo”, disse.
Nunes também afirmou que há clima político no Brasil para aprovar no Congresso as reformas propostas pelo governo. “O presidente Temer, mais do que ninguém, tem hoje condições de angariar maioria parlamentar para aprovar as reformas.”
“Todos compreendem que estamos vivendo um momento de turbulência política no Brasil. Isso é inegável. Mas não há turbulência institucional. As instituições funcionam e é isso que conta nas relações externas dos países”, disse o ministro, após reunião com o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, que também reiterou que as instituições no Brasil estão funcionando e que os Poderes continuam mantendo a independência.
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“Para mim, não me preocupa quando casos de corrupção são julgados. Isso é bom, e é assim que deve ser feito em todos os países. Me preocupa quando os casos de corrupção não são julgados. A Venezuela é o país mais corrupto do continente e é um dos dez países mais corruptos do mundo e não há um só caso julgado de corrupção no sistema político venezuelano”, afirmou Almagro.
O ministro Aloysio Nunes apresentou ao secretário-geral da OEA a possibilidade de que uma missão da organização acompanhe as próximas eleições no Brasil. “Para nós, brasileiros, é uma ocasião a mais de aperfeiçoar aquilo que tem que ser aperfeiçoado e submeter o nosso processo de apuração de votos e de organização das eleições ao escrutínio internacional”, afirmou o chanceler.
Política externa
Aloysio Nunes também comentou uma matéria divulgada nesta quinta-feira pelo jornal Folha de S.Paulo que divulga um estudo que seria publicado hoje pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República e que critica a política externa brasileira, desde o governo Fernando Henrique Cardoso, passando pelos governos Lula e Dilma até o atual governo.
“Evidentemente esse é um estudo de responsabilidade das pessoas que escreveram. A própria apresentação do texto, feita pelo ministro Moreira Franco, diz que [o estudo] não corresponde a uma posição do governo brasileiro” afirmou Aloysio Nunes. Ele disse acreditar que a avaliação está errada e apontou como um dos principais pontos da política externa do governo Temer a mudança de posição com relação aos países do Continente Americano.
O ministro também comentou a carta divulgada hoje nas redes sociais por funcionários do Itamaraty que manifesta preocupação com a política brasileira. “Eu acho que a manifestação de funcionários públicos é uma manifestação livre, são cidadãos brasileiros, dizem o que pensam. Eu não faço caça às bruxas no Itamaraty e não farei” afirmou.
Agência Brasil
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