sexta-feira, 30 de junho de 2017

Presidente da Caixa diz que linha de financiamento pró-cotista será retomada "nos próximos dias"

Ricardo Brito


BRASÍLIA, 29 Jun (Reuters) - O presidente da Caixa, Gilberto Occhi, afirmou à Reuters nesta quinta-feira (29) que "nos próximos dias" será restabelecida a linha de crédito imobiliário com recursos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), a linha pró-cotista.

"Nos próximos dias está voltando", disse Occhi, em entrevista na saída de evento no Palácio do Planalto em comemoração a um ano de vigência da nova Lei das Estatais.

A linha pró-cotista financia a compra de imóveis de até R$ 950 mil nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais e no Distrito Federal, e de até R$ 800 mil nos outros Estados. É a linha de empréstimo habitacional mais barata depois do Minha Casa Minha Vida. O banco havia informado na semana passada a suspensão da linha depois de ter interrompido novas contratações em maio.

Segundo Occhi, a previsão é que haja um aporte adicional de cerca de R$ 2 bilhões para a linha. Ele disse que a liberação dos recursos está dependendo apenas de um remanejamento de verba no Ministério das Cidades e que acredita que em julho o instrumento poderá ser retomado.

Questionado se esses recursos vão servir para garantir a manutenção da linha até o final deste ano, o presidente da Caixa disse que é preciso ver qual a demanda por crédito imobiliário que haverá quando da retomada da pró-cotista.

Occhi disse que teve uma "muita demanda" pela linha no início do ano. "O crédito imobiliário cresceu muito agora no primeiro semestre, impressionante. A gente achava que iria manter o patamar do ano passado, mas ele cresceu. É um sinal de recuperação da economia, mais confiança, mais gente comprando também", avaliou.

O presidente da Caixa disse que há um fenômeno que tem estimulado as pessoas a comprarem mais, os Feirões da Casa Própria realizados pelo banco. Segundo ele, as pessoas têm ido a esses eventos não apenas para olhar as opções de compra, mas sim já determinados a fechar negócio.

(Edição Alberto Alerigi Jr.)


UOL Economia e Reuters

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