sexta-feira, 2 de junho de 2017

Polícia vai investigar se houve crime de violação da sepultura de Garrincha

Magé (RJ) - Inscrição no jazigo da família de Mané Garrincha homenageia o ídolo do Botafogo e da Seleção Brasileira de Futebol (Cristina Indio do Brasil sobre imagem da cinegrafista Edina Girardi da TV Brasil/Ag

Inscrição no jazigo da família de Mané Garrincha homenageia o ídolo do Botafogo e da Seleção Brasileira de Futebol Cristina Indio do Brasil sobre imagem da cinegrafista Edina Girardi da TV Brasil

O delegado Antônio Silvino Teixeira, titular da 66ª Delegacia Policial (Piabetá), no município de Magé, na região metropolitana do Rio de Janeiro, instaurou inquérito policial para apurar se houve crime de violação de sepultura e se os restos mortais do ex-jogador de futebol do Botafogo e da Seleção Brasileira Manuel Francisco dos Santos, o Mané Garrincha, sumiram do Cemitério de Raiz da Serra, no mesmo município.

Segundo a Polícia Civil, a decisão do delegado foi motivada pela divulgação de notícias de possível desaparecimento da ossada de Garrincha que, no auge da carreira, ficou conhecido como o anjo das pernas tortas. Teixeira informou que a pena para esse tipo de crime, previsto no Artigo 210 do Código Penal, é de reclusão de um a três anos.

Ontem (31), o prefeito de Magé, Rafael Tubarão, informou que estava entrando em contato com parentes do craque para providenciar a exumação e exames de DNA dos restos mortais que estão em dois túmulos do cemitério.

O corpo do ex-jogador foi enterrado em janeiro de 1983 no jazigo da família, que fica na parte baixa do cemitério, mas há uma dúvida quanto a uma possível transferência da ossada para um outro túmulo na parte alta em 1985, quando foi construído um memorial para homenagear Garrincha.

A dúvida surgiu após o prefeito decidir fazer uma reforma no cemitério e no túmulo de Garrincha. Rafael Tubarão contou, que neste momento, a prefeitura constatou que não tinha a documentação comprovando a exumação e a transferência dos restos mortais. Na opinião do prefeito, a confusão é resultado de uma desorganização no cemitério.

Luiz Marques e Rosângela Cunha dos Santos, neto e filha de Garrincha, acreditam que os restos mortais permanecem no jazigo da família. Os dois não têm certeza se houve a transferência, porque nunca receberam documentos, nem foram avisados de que teria sido realizada.

Rosângela afirmou que seu primo João teria comentado a mudança de local, o que não foi confirmado, segundo ela, por um coveiro do local.  A filha e o neto de Garrincha apoiam a decisão da prefeitura de fazer a exumaçao e os exames de DNA na ossada para esclarecer a dúvida.


Agência Brasil

Nenhum comentário:

Postar um comentário