Da Agência EFE
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu nesse domingo (25) à população e à Força Armada que se declare "em insurreição popular constitucional geral", caso ocorra algum fato que afete sua integridade física, liberdade ou a legalidade de seu governo. A informação é da Agência EFE.
"Se algum dia a Venezuela for testemunha de algum feito que afete a minha integridade física, a minha liberdade ou a legitimidade e constitucionalidade do governo bolivariano, que o povo e a Força Armada se declarem em insurreição popular constitucional geral, em união cívica militar, e recuperem a Constituição", disse no programa Domingo com Maduro.
No programa, transmitido pelo canal estatal VTV, ele disse também que se algo do tipo ocorrer, a paz deve ser recuperada e "a democracia verdadeira" deve prevalecer, como ocorreu nos dias 13 e 14 de abril de 2002, quando o ex-presidente Hugo Chávez se afastou momentaneamente do poder por causa de um golpe de Estado.
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"Estou antecipando, não estou exagerando. Apenas preparo o nosso povo porque um povo informado e preparado vale por dois, vale por mil", acrescentou.
O apelo foi feito por Maduro ao afirmar que um fato pode atingir o governo ou pode surgir "como produto das conspirações do imperialismo, da direita e dos traidores e traidoras".
Durante o programa, Maduro disse ainda que na última semana houve uma "série de eventos" porque "o imperialismo tentou a loucura de gerar uma comoção nacional, internacional e, no meio dessa comoção, derrubar o governo legítimo e constitucional e impor uma junta de transição" no país.
Segundo o presidente, a ideia consistia em dar "um golpe internacional" a partir da Organização de Estados Americanos (OEA), depois com um "massacre" e "mortes lamentáveis", com um "gotejamento militar" e, por último, juramentar essa junta de transição, mas disse que tudo isso foi contido e derrotado.
Há quase três meses, a Venezuela enfrenta uma série de manifestações contrárias e favoráveis ao governo. Tudo começou quando a oposição denunciou a ruptura da ordem constitucional, após algumas sentenças do Supremo, parcialmente revertidas, nas quais assumiam as competências do Parlamento.
Os protestos aumentaram com a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte. Alguns protestos terminaram em violência, deixando 75 mortos e mais de mil feridos, de acordo com o Ministério Público.
Agência Brasil
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