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sábado, 24 de junho de 2017

Içamento da ponte do Guaíba corre risco de parar devido ao fim da concessão da Concepa

Contrato de 20 anos da concessionária chega ao fim em julho
 Içamento da ponte do Guaíba corre risco de parar devido fim da concessão da Concepa | Foto: Roberto Vinicius / Especial /  CP Memória
Içamento da ponte do Guaíba corre risco de parar devido fim da concessão da Concepa | Foto: Roberto Vinicius / Especial / CP Memória

  • Heron Vidal
Nesta segunda-feira, o presidente do Movimento Ponte do Guaíba. Luiz Domingues, estará na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), do ministério dos Transportes, em Brasília, para lançar alerta sobre as consequências do fim do contrato de 20 anos da concessionária Triunfo Concepa, em quatro de julho. Um deles é o não içamento do vão móvel da ponte Getúlio Vargas, a ponte do Guaíba.
Conforme Domingues, a reunião será com o diretor Jorge Bastos ao qual serão entregues documentos da Refap, de 2007, e da então Copesul, em 2008, hoje Braskem. “A cada cinco dias sem o vão móvel da Ponte Guaíba ser içado esta empresa tem um prejuízo de R$ 15,5 milhões", disse presidente do movimento.
Em seu documento a Refap informa: “O não içamento do vão móvel da ponte do Guaíba por até 10 dias no período mais quente do ano, que vai de outubro a abril, pouco afeta o abastecimento ao mercado de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), já que o complemento ao abastecimento pode ser realizado a partir do Paraná”.
O problema, segundo a mesma nota da Refap, está no inverno. “Situação diversa seria observada em época de frio, entre maio e setembro, devido a restrições de frota rodoviária, quando certamente haveria impactos no abastecimento ao mercado”.
Questionada sobre o tema a ANTT por meio da sua assessoria sinalizou com uma provável ampliação do contrato da concessão da Triunfo Concepa: “Os órgãos envolvidos nessa questão, do qual a ANTT faz parte, continuam analisando todos os aspectos ligados a uma possível prorrogação e se manifestará em momento oportuno”. Não há, por enquanto, definição sobre nova licitação.
Domingues afirma que hoje só existem duas pessoas em condições de operar o vão móvel da ponte do Guaíba. São o pai e seu filho que, pelo menos há duas décadas, trabalham com a Concepa.
A concessionária administra atualmente 121 quilômetros de rodovias duplicadas. O primeiro trecho é a freeway (BR-290), que atravessa seis cidades (Osório, Santo Antonio da Patrulha, Glorinha, Gravataí, Cachoeirinha e Porto Alegre). O segundo trecho envolve a BR 290 no trecho entre Porto Alegre e Eldorado do Sul e a BR 116 no município de Guaíba.
Outro problema ao Movimento, que diz ser representante de 2,5 milhões de pessoas, é a nova ponte sobre o Guaíba. "Não temos qualquer definição sobre os prazos de entrega dessa obra", diz. O Dnit/RS informa que 49,7% do empreendimento estão concluídos, O pior custo é o da ponte atual à economia, entre paralisações, engarrafamentos e tempo perdido. "São R$ 1,6 bilhão por ano", afirmou.

Correio do Povo











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