Processo havia sido rejeitado na semana passada pelo presidente do colegiado, João Alberto Souza (PMDB-MA), que alegou "falta de provas"
Por: Matheus Schuch/RBS Brasília
Foto: Valter Caampanato / Agência Brasil
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), um dos autores do pedido de cassação de Aécio Neves (PSDB-MG), informou nesta segunda-feira (26) que já tem o apoio necessário para recorrer do arquivamento de sua representação contra o tucano no Conselho de Ética. São exigidas cinco assinaturas para que o tema volte à pauta. Na semana passada, o presidente do conselho, João Alberto Souza (PMDB-MA), engavetou o caso por "falta de provas".
O primeiro parlamentar disposto a apoiar o recurso foi Lasier Martins (PSD-RS), que já assinou o documento. Para ele, a instauração do processo "é boa para todos".
— É boa para a transparência do Senado, para o compromisso que nós temos de avaliar nossos colegas e também dá oportunidade para o próprio Aécio provar a sua alegada inocência — sustentou o político gaúcho.
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Por telefone, Randolfe afirma ter recebido promessa de assinatura de outros quatro senadores: Pedro Chaves (PSC-MS), João Capiberibe (PSB-AP), José Pimentel (PT-CE) e Antonio Carlos Valadares (PSB-SE). Confirmado o apoio, o recurso será protocolado no Conselho de Ética do Senado nesta terça-feira (27), segundo Randolfe.
A representação contra Aécio afirma que houve quebra de decoro parlamentar no caso revelado pelas delações da JBS. O empresário Joesley Batista disse que o mineiro pediu R$ 2 milhões em propina à JBS para pagar despesas com sua defesa na Operação Lava-Jato. Desde o mês passado, o senador está afastado das atividades legislativas, por decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Nos bastidores, o engavetamento do caso de Aécio é considerado um acordo entre PMDB e PSDB, que exigiria a blindagem do tucano para seguir no governo do presidente Michel Temer.
Zero Hora
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