A 29ª reunião de chanceleres da Organização dos Estados Americanos (OEA), que ocorreu hoje (31) em Washington, foi suspensa depois de os países não conseguirem alcançar um consenso sobre o texto que deve ser aprovado para tentar solucionar a crise na Venezuela. Dois textos estavam em discussão, um formulado por países caribenhos e outro por Brasil, Guatemala, Colômbia, Argentina, Canadá, Honduras, México, Paraguai, Panamá, Estados Unidos, Costa Rica, Peru, Uruguai e Chile.
A Venezuela tentou fazer com que o tema parasse de ser discutido nesta quarta-feira, mas os chanceleres concordaram que a situação deve continuar a ser debatida e o novo prazo para se alcançar um acordo entre os membros da organização é a Assembleia Geral da OEA, que ocorre entre os dias 19 e 21 de junho, na cidade de Cancún, no México.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Aloysio Nunes, disse que o principal ponto divergente entre os dois grupos que apresentaram os projetos de resolução foi a convocação da Assembleia Constituinte por Nicolás Maduro. Durante sua intervenção, o ministro pediu a suspensão do processo constituinte. “Esse processo, do jeito que foi lançado, é incompatível com o diálogo, é incompatível com a negociação séria entre governo e oposição”, disse Nunes.
Ainda assim, o ministro demonstrou otimismo para alcançar um consenso até a Assembleia Geral. “O fato de que os países do Caribe e os 14 países aqui reunidos se aproximaram bastante em suas resoluções indica, no meu entender, um crescente isolamento do governo de Nicolás Maduro”, disse.
Agência Brasil
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