Páginas

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Falta mão de obra para fazer agnolini na Serra Gaúcha

Quadro Serra de Negócios, no Destaque Econômico.

Por Suelen Mapelli (suelen.mapelli@rdgaucha.com.br)

Foto: Gaúcha Serra.

Foto: Gaúcha Serra.

Uma característica das comunidades do interior dos municípios da região uva e vinho da Serra é a festa de colônia. No passado, era comum o encontro de moradores dias antes do evento para começar a preparar os alimentos. Principalmente, um dos mais trabalhosos: o agnolini.

Um grande grupo de pessoas, mulheres na maioria, se reunia no entorno de grandes mesas para preparar a massa, o recheio, separar as fitas, cortar e, por fim, a tarefa mais difícil: fechar o agnolini. Porém, hoje, é difícil encontrar comunidades que ainda fazem o agnolini das festas. A grande maioria compra de pequenas fábricas de massas.

Há 13 anos coordenando cozinhas de capelas do interior de Caxias do Sul, Inês Formolo, explica que como há cada vez menos pessoas trabalhando em casa, a reunião para fazer o agnolini fica mais difícil. Mesmo aumentando os custos da festa, a única alternativa é comprar.

A falta de mão de obra também tem impacto no preço. Diretor do Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais da Universidade de Caxias do Sul, professor Roberto Birch Gonçalves explica que o aumento do consumo no inverno eleva preço. Depende bastante também da variação dos preços da farinha e do trigo.

- Porém, o estudo dos últimos 18 meses aponta uma tendência de alta no preço do agnolini justamente pela falta de mão de obra.

Nas pequenas fábricas de massas, o quilo do agnolini varia de R$ 22 a R$ 28.

Destaque Econômico - 30/04/2017

Acerto de Contas

Nenhum comentário:

Postar um comentário