sábado, 13 de maio de 2017

Dilma classifica uso de comentários sobre Marisa Letícia contra Lula de "vilania"

Ex-presidente reclamou de manipulação eleitoral de grandes conglomerados midiáticos

Ex-presidente reclamou de manipulação eleitoral de grandes conglomerados midiáticos | Foto: Fabiano do Amaral

Ex-presidente reclamou de manipulação eleitoral de grandes conglomerados midiáticos | Foto: Fabiano do Amaral

 

  • Marco Aurélio Ruas

A ex-presidente Dilma Rousseff afirmou, nesta sexta-feira em Porto Alegre que é uma vilania o que está sendo feito com o ex-presidente Lula, após seu depoimento em Curitiba, com relação a ex-primeira-dama Marisa Letícia. “A dona Marisa sofreu, imensamente, com a sua casa violada, seus filhos sofrendo de toda a sorte, inclusive, os seus netinhos sofrendo bullyng, e ela vendo um cerco sobre a pessoa que era o grande amado dela”, ressaltou Dilma. Ela fez o comentário durante evento organizado pelo PT para discutir as propostas dos senadores Lindbergh Farias e Gleisi Hoffmann, ambos candidatos à presidência nacional da sigla.

A ex-presidente ainda afirmou que o que está sendo feito com Lula é tirar sua condição de cidadania civil, e reclamou de uma manipulação eleitoral que estaria sendo promovida por um conglomerado midiático, além de se referir ao apresentador de televisão Luciano Hulk como “animador de auditório”. “O grande partido hoje do conservacionismo e neoliberalismo é a mídia”, disse.

Dilma também afirmou que quem recebeu o país quebrado foi o ex-presidente Lula, e disse ter saído da presidência com o Brasil sendo credor líquido e com US$ 380 bilhões na reserva. “Não há como o país quebrar”, salientou se referindo a situação econômica do Brasil quando ocorreu o impeachment. A ex-presidente ainda fez uma comparação com a situação econômica do país no mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. “O Brasil não tinha soberania sobre sua própria dívida”, apontou a ex-presidente.

Ela ainda opinou sobre as reformas trabalhista e da previdência, promovidas pelo atual governo. Segundo ela, as duas não são reformas. “São mudanças de modelo. Na reforma, você adapta. Na reforma, você não quer mudar de casa”, argumentou.  Entre os senadores que disputam a presidência nacional do partido o tom do discurso foi o mesmo, com críticas ao governo do presidente Michel Temer e apoio à candidatura de Lula para a eleição de 2018. "Ninguém seria eleito com esse plano de governo”, afirmou Lindbergh Farias. “As pessoa lembram da ascensão social que ocorreu no governo Lula e Dilma. Agora é só desemprego e perda de direitos”, alegou. Outro assunto abordado pelo senador foi a Operação Lava Jato. De acordo com Farias, ela sempre atuou com intenção política. “Quero saber a relação do Departamento de Justiça dos EUA com o juiz Sérgio Moro”, contou.

Por sua vez, a senadora Gleici Hoffmann reafirmou que a sigla é oposição sistemática e ferrenha ao atual governo. “Foi um golpe misógino e machista. Nunca aceitaram uma mulher no comando”, disse Gleice. Ela também ressaltou para a retirada de direitos que estaria sendo efetuado pelo governo. “Não podemos deixar que tirem nossos direitos”, ressaltou. A senadora lembrou ainda do período em que Dilma esteve na presidência, e disse estar ansiosa para presenciar uma mudança no atual plano político.

 

Correio do Povo

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