Da Agência EFE
O terrorista abatido na noite de quinta-feira (20) após matar um policial em Paris, que já tinha sido condenado em 2005 por atirar contra dois agentes, foi detido em fevereiro por ameaças contra as forças da ordem, embora posteriormente tenha sido colocado em liberdade por falta de provas conclusivas. Informações da agência EFE.
Há apenas alguns meses a divisão antiterrorista da Promotoria de Paris abriu uma investigação preliminar contra ele por ameaças à Polícia, mas não por islamismo radical, senão pela suspeita de que pudesse voltar a agir contra agentes da ordem, segundo a emissora "France Info".
O terrorista foi inclusive detido em fevereiro e interrogado em Meaux, nos arredores de Paris, mas teve que ser libertado por falta de provas concretas.
Os meios franceses divulgaram nesta manhã seu nome, Karim Cheurfi, cuja identidade os investigadores não queriam tornar pública de início, enquanto faziam pesquisas sobre ele e seu ambiente pessoal.
Três pessoas de sua família estão sendo interrogadas sob detenção e diversas revistas estão sendo feitas na região de Paris - em particular na casa de sua mãe e de sua companheira -, noticiou "France Info".
No carro do terrorista, que ele utilizou para chegar até a Champs-Elysées a fim de cometer o atentado, foi encontrado um fuzil de calibre 12, duas facas de cozinha, um secador, um Corão e várias notas nas quais havia endereços de delegacias de Polícia, segundo a mesma fonte.
O porta-voz do Ministério do Interior, Pierre-Henry Brandet, disse que o assassino tinha um passado na Justiça "muito carregado".
Nascido em 1977 em Livry Gargan, ao norte de Paris, Cheurfi tinha sido condenado em 2005 a 15 anos de prisão por crimes de 2001, quando feriu a bala um policial, após se envolver em um acidente de trânsito.
Alguns dias depois, já detido, tinha voltado a ferir um agente ao roubar dele a arma quando era tirado da cela. Saiu da prisão em 2015.
O jornal "Le Monde" informou que, após o atentado de ontem à noite, na revista de sua casa em Chelles foram encontrados "elementos de radicalização".
Agência Brasil
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