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sábado, 1 de abril de 2017

Piratini prepara ofensiva sobre déficit na CEEE para convencer deputados sobre privatização

(Félix Zucco/Agencia RBS)

O déficit projetado para o ano de 2017 é de R$ 800 milhões

 

O governo gaúcho prepara uma ofensiva com números e informações a respeito da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) e também da Companhia Rio-Grandense de Mineração, a partir da próxima semana. A estratégia é expor o déficit das companhias, numa tentativa de sensibilizar os deputados pela aprovação dos projetos que permitem a privatização. As propostas estão tramitando na Assembleia Legislativa.

Conforme a Rádio Gaúcha apurou, a consultoria PricewaterhouseCoopers deve entregar ao Piratini nos próximos dias uma auditoria detalhada sobre os números da CEEE, incluindo o valor que teria que ser aportado pelo acionista principal (no caso, o governo do RS), a fim de zerar o déficit nas contas. De acordo com os números apurados até aqui, o principal problema envolve a CEEE Distribuição, com déficit calculado em torno de R$ 500 milhões em 2016. Como a previsão é de que o cenário se mantenha desfavorável, o déficit projetado para o ano de 2017 é de R$ 800 milhões.

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— Se fechar dois anos no negativo, podemos perder a concessão — afirmou o líder do governo na Assembleia, deputado Gabriel Souza (PMDB). O parlamentar é responsável por conduzir reuniões com os demais deputados a respeito do pacote de corte de gastos proposto por Sartori:

— Os deputados têm que refletir sobre a responsabilidade de seus votos — disse.

Outra preocupação é em relação à Companhia-Rio Grandense de Mineração (CRM). O secretário estadual de Minas e Energia, Artur Lemos, diz que as dificuldades de caixa são uma realidade e poderão ter efeito direto em salários de funcionários e pagamento de fornecedores no próximo mês.

— Se não modificar a situação, a CRM começa a ficar sem caixa para pagar funcionários e fornecedores a partir de maio. Então, será preciso refletir. Ou a gente é irresponsável e começa a atrasar salários ou declara que não tem condições de dar continuidade — disse à Rádio Gaúcha.

A possibilidade de privatização da CEEE, CRM e Sulgás está contemplada em uma proposta de emenda à constituição (PEC 259) enviada por Sartori para a Assembleia. A medida também é uma das contrapartidas oferecidas ao Ministério da Fazenda para garantir o socorro prometido ao Estado e amenizar a falta de recursos em caixa.

 

Zero Hora

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