Proposta é prioridade do governo Michel Temer e foi anunciada no mês passado
A questão será discutida novamente, em reunião de líderes, na próxima terça-feira, e poderá voltar à pauta | Foto: Jonas Pereira / Agência Senado / CP
Com a paralisação desta quarta-feira, senadores da base do governo tentaram acelerar a tramitação de um projeto que enrijece as regras do direito de greve. A proposta é prioridade do governo Michel Temer e foi anunciada no mês passado.
A atitude causou forte reação da oposição e o requerimento acabou sendo retirado da pauta pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). O texto é de autoria do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), atual ministro das Relações Exteriores, e recebeu os cuidados pessoais do presidente Michel Temer. A proposta endurece o direito de greve para funcionários públicos e limita o contingente de trabalhadores que podem aderir à greve nos setores essenciais, incluindo segurança e saúde.
A oposição fez imediata conexão com as manifestações contra as reformas previdenciária e trabalhista. Os senadores do PT, PCdoB e Rede entraram em obstrução e discursaram contra o requerimento de urgência. "É inadequado. No dia em que os servidores públicos e trabalhadores de todo o País estão paralisados, o governo tentar impor uma matéria ao Congresso exatamente para fazer a regulamentação do direito de greve dos funcionários públicos sem nenhum tipo de discussão com a sociedade e sem debate no
Parlamento", afirmou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
A questão será discutida novamente, em reunião de líderes, na próxima terça-feira, e poderá voltar à pauta.
Correio do Povo
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