O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, ainda está internado no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Segundo boletim médico divulgado neste sábado (4), ele segue em melhora progressiva e não há previsão de alta.
No dia 27 de fevereiro, Padilha se submeteu a uma cirurgia para corrigir um problema de obstrução urinária, provocada por uma hiperplasia prostática benigna, condição caracterizada pelo aumento da próstata. O ministro está de atestado médico desde o dia 20 deste mês, quando foi internado no Hospital do Exército para receber os primeiros cuidados médicos. Após receber alta, no dia 22, viajou para Porto Alegre, onde fez o procedimento cirúrgico.
Em setembro, o ministro, que tem 71 anos, foi internado por problemas de pressão. O próximo boletim médico será divulgado pelo Hospital Moinhos de Vento na segunda-feira (6).
Agência Brasil
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Estudantes arrecadam doações para os desabrigados de Paraisópolis
Fernanda Cruz - Repórter da Agência Brasil
Um grupo de estudantes fez hoje (4) a arrecadação de doações para os desabrigados do incêndio do último dia 1º na Favela de Paraisópolis, zona sul da capital paulista. As doações foram recolhidas no vão livre do Museu de Arte Moderna (Masp), na Avenida Paulista.
Entre as doações estavam chuveiros, roupas, alimentos não perecíveis e colchões. Milena Nascimento da Silva tem 18 anos, é estudante de ciências sociais na Universidade de São Paulo (USP) e foi uma das organizadoras. Moradora da Favela Alba, ela conta que já vivenciou o drama dos incêndios em comunidades.
“Eu nasci na favela, eu sei o que é. Incêndio sempre acontece, principalmente [em favelas] próximo a bairros nobres, Paraisópolis é perto do Morumbi, super valorizado. A gente não pode largar as nossas origens, a gente tem que estar com eles”, disse Milena.
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A campanha de doações foi impulsionada pelas redes sociais e contou com a participação de estudantes secundaristas e moradores da Avenida Paulista. Jarbas Oliveiras Bispo, professor e advogado, fez questão de doar três sacolas de roupas. “Eu sou ser humano, sou solidário com a dor do outro. Senão, como fica? Se a gente vê os outros e não se solidariza, não precisa mais ser humano”, disse.
Isabela Albuquerque Lemos, artista plástica, soube da arrecadação pelo facebook. “A gente tem o suficiente para a gente e, às vezes, até para doar. Em vez de jogar fora, por que não dar a outras pessoas que possam reaproveitar isso? Você vê uma família que perdeu tudo, é de doer o coração”, afirmou.
O incêndio em Paraisópolis destruiu pelo menos 50 casas. Segundo a Secretaria Municipal de Direitos Humanos, 334 desabrigados foram alojados em casas de parentes e amigos. Apenas 20 pessoas solicitaram abrigo em locais disponibilizados pela prefeitura.
De acordo com a prefeitura, as famílias atingidas pelo incêndio receberam kits de higiene, colchões e cestas básicas como atendimento emergencial. A administração municipal vai também checar os cadastros para identificar quem tem direito a benefícios como o auxílio-aluguel.
Atualmente, cerca de 100 mil famílias vivem em Paraisópolis, considerada a segunda maior comunidade de São Paulo, atrás de Heliópolis.
Agência Brasil
Centro de doenças raras do Rio é habilitado para tratamento de alto custo no SUS
Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil
O Centro de Referência para Doenças Raras do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), na zona sul do Rio de Janeiro, foi habilitado pelo Ministério da Saúde a fazer tratamentos de alto custo na lista de cobertura do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Em termos práticos, a medida prevê o financiamento para um conjunto de procedimentos realizados, o qual retornará para o IFF para ser investido tanto em capacitação profissional, quanto em equipamentos e insumos”, destacou a analista de gestão Stella Carletti. “O repasse da verba é feito a partir dos indicativos lançados pela equipe no sistema de informação, o que torna de suma importância o devido preenchimento dos campos do instrumento de registro. Uma ferramenta específica de cobrança será destinada para o faturamento dessa produção.” Além do IFF, duas instituições foram habilitadas: uma no Distrito Federal e o Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
A medida entrou em vigor três anos após a publicação da portaria que definiu a Política de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras. O coordenador da Genética Médica do IFF, Juan Llerena, comemorou a conquista. “Começar o ano com a habilitação do Centro de Doenças Raras traz boas perspectivas no que diz respeito à democratização ao acesso a procedimentos diagnósticos complexos e, consequentemente, um ordenamento referente ao acesso a tratamentos considerados de alto custo ao Estado, o que representa um grande desafio para a saúde pública”, disse o coordenador.
Entre as principais vantagens da habilitação, o geneticista ressalta a melhor organização do fluxo da linha de cuidado do tratamento dos portadores das doenças raras. “A portaria inclui uma gama variada de procedimentos, em sua maioria de alta complexidade. Os pacientes chegam via Central de Regulação de Vagas para os ambulatórios de especialidades e, havendo necessidade de apoio – seja na realização de serviços de diagnóstico, seja no tratamento –, são encaminhados para o Centro de Doenças Raras”.
Para ele, com a habilitação, o número de atendimentos deve aumentar consideravelmente e reduzir as ações judiciais. Juan Llerena lembrou que o acesso ao tratamento de alto custo é, na maioria dos casos, garantido na justiça.
À frente da Associação Anjos da Guarda, que desde 2011 presta suporte social e assistencial a pacientes e parentes no IFF, Gabriele Gomes é mãe e irmã de portador de doença rara. Ela espera que, a partir de agora, a Política de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras se cumpra efetivamente, dando o suporte necessário aos pacientes e auxiliando no tratamento. “Com a habilitação dos Centros de Referência e seu pleno funcionamento, poderemos proporcionar ao paciente todas as especialidades necessárias para o seu tratamento em um único local, promovendo um acompanhamento mais objetivo e eficaz”, destacou. “O tratamento envolve muitas dificuldades, desde o fechamento do diagnóstico em si, até o acesso aos especialistas, que se encontram, em geral, nos grandes centros urbanos, e a grande quantidade de exames periódicos”, completou Gabriele.
Amanhã (5), parentes, amigos e pessoas com doenças raras farão uma caminhada no Parque do Flamengo, zona sul, às 9h, na terceira edição da Caminhada do Dia Mundial das Doenças Raras no Rio de Janeiro. O objetivo é conscientizar a sociedade sobre a importância de divulgar a causa e melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas. Ao todo, 13 entidades cariocas estão envolvidas na ação. O Dia Mundial das Doenças Raras é lembrado em 29 de fevereiro, nos anos bissextos, sendo que, nos outros anos, a data é transferida para 28 de fevereiro.
Agência Brasil
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