quarta-feira, 8 de março de 2017

Ministro do TSE pede a Moro compartilhamento de provas da Lava Jato

O ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pediu ao juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, o compartilhamento de provas da Operação Lava Jato que possam estar relacionadas à ação que apura irregularidades da chapa Dilma-Temer na campanha das eleições de 2014.

Benjamin investiga o eventual abuso de poder político e econômico da chapa Dilma-Temer. De início focado em irregularidades na contratação de gráficas, desde a semana passada o ministro decidiu apurar também supostas doações de campanha ilegais feitas pela empreiteira Odebrecht, conforme indícios surgidos nas investigações da Lava Jato. 

Na última quarta-feira (1º), Benjamin interrogou o ex-presidente da companhia, Marcelo Odebrecht, que está preso desde junho de 2015 em Curitiba. Ao longo da semana, o ministro ouviu também outros cinco ex-executivos da empresa: Benedicto Júnior, Fernando Reis, Cláudio Melo Filho, Alexandrino de Salles Ramos e Hilberto Mascarenhas.

Todos os executivos ouvidos por Benjamin assinaram com a Justiça acordos de colaboração premiada, no qual detalharam o esquema de pagamento de propinas a políticos e partidos pela Odebrecht. 

Conforme informações vazadas pela imprensa, os executivos confirmaram a Benjamin o pagamento de caixa dois para campanhas eleitorais em 2014. Segundo as reportagens, Marcelo Odebrecht relatou a doação de R$ 150 milhões em caixa dois para a chapa Dilma-Temer, afirmando também ter se reunido com o então vice-presidente Michel Temer para discutir doações a seu partido, o PMDB.

Em nota após o depoimento, o presidente Michel Temer confirmou ter se reunido com o ex-presidente do grupo Odebrecht, no Palácio do Jaburu, mas negou ter discutido valores na ocasião. A nota divulgada pela Presidência da República confirma ainda que a Odebrecht deu um auxílio financeiro de R$ 11,3 milhões a campanhas do PMDB e que o montante foi declarado ao TSE. 

A ex-presidente Dilma Rousseff declarou, por meio de nota, ser "mentirosa" a declaração de Marcelo Odebrecht de que ela teria pedido recursos a ele ou a quaisquer empresários. Ela negou também ter solicitado o pagamento a fornecedores da campanhas por meio de contas fora do país.

Em dezembro de 2014, as contas da campanha da então presidenta Dilma Rousseff e seu vice e companheiro de chapa, Michel Temer, foram aprovadas com ressalvas, por unanimidade, no TSE. No entanto, o processo foi reaberto porque o PSDB questionou a aprovação, por entender que há irregularidades nas prestações de contas. Conforme entendimento atual do TSE, a prestação contábil do presidente e do vice é julgada em conjunto. Se for comprovado o abuso de poder político e econômico na campanha de 2014, o processo resultaria na inelegibilidade de Dilma Rousseff e na cassação de Temer.

 

Agência Brasil

 

 

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Investimentos privados

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O presidente Michel Temer disse que o Programa de Parcerias em Investimentos (PPI) deverá atrair R$ 45 bilhões em investimentos em projetos e concessões na área de infraestrutura.
Temer disse ainda que os problemas de infraestrutura que afetam o escoamento da produção brasileira foram herdados por seu governo. Leia mais

 

A mais longa recessão

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A economia brasileira despencou 3,6% em 2016 e emendou o segundo ano seguido de queda, informou o IBGE. É a mais longa recessão pela qual o país já passou. O PIB já havia tombado 3,8% em 2015.
O Brasil nunca havia registrado dois anos seguidos de encolhimento da economia, segundo a atual pesquisa do instituto, que começa em 1990, e a pesquisa anterior, iniciada em 1948. Leia mais

Meirelles otimista

Paulo Whitaker/Reuters

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que a queda de 3,6% no PIB no ano passado é 'espelho retrovisor'.
Meirelles citou dados das vendas de supermercados, motos, emplacamentos de veículos e da confiança do consumidor para mostrar a retomada da atividade, que, nas palavras dele, vai aparecer lá na frente. Leia mais

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