quarta-feira, 1 de março de 2017

Guerra do Vietnã–História virtual

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Os comunistas liderados por Ho Chi Minh foram os únicos vietnamitas a resistirem a invasão japonesa durante a Segunda Guerra Mundial. Ao final da guerra, Ho Chi Minh (líder da Liga pela Independência, Vietminh) proclamou a independência do Vietnã. Os franceses, os colonizadores da Indochina (Laos, Camboja e Vietnã), influenciaram no processo emancipacionista, apoiando outro grupo que dividiu o Vietnã em dois e o mergulhou em uma guerra que se arrastou por mais de trinta anos. Exércitos franceses combateram os soldados vietminhs até 1954. Ao final, os franceses foram derrotados na batalha de Dien Bien Phu. Um acordo assinado em Genebra permitiu a formação dos dois Vietnãs. Neste acordo, os Estados Unidos exigiu um plebiscito no ano seguinte para decidir pela reunificação, ou não. O plebiscito foi majoritário pela reunificação. A vitória de Ho Chi Minh era prevista nas eleições a serem realizadas para eleger o novo governo. Antes, entretanto, Ngo Dinh Diem, anticomunista e pró-norte-americano, deram um golpe de Estado na parte sul do Vietnã, e instalou uma ditadura militar, contrária a reunificação. As forças armadas dos EUA, iniciaram o treinamento dos soldados do governo sulista. Em 1960, o Norte criou o Vietcongue (Frente Nacional de Libertação Nacional) para combater o governo e os soldados do Sul. No ano seguinte, de assessores militares, os soldados norte-americanos entraram de fato na guerra.

O presidente Kennedy mandou 15 mil “conselheiros militares” para o Vietnã de uma só vez. No Vietnã do Sul, monges budistas queimavam-se vivos em praças públicas para denunciar mundialmente a ditadura e os “compromissos” políticos de Diem. Em 1963, ele foi assassinado. Um série de golpes de Estado sucederam-se, facilitando a intervenção norte-americana. Em 1965, o presidente Lyndon Johnson dos EUA, aumentou o número de tropas e armamentos na guerra.

Ataques aéreos, de caças e bombardeios, com bombas de fragmentação, napalm e desfolhantes químicos sobre os vietcongues e populações civis aumentaram o horror da guerra. Do outro lado, a guerra e a guerrilha penetravam as fronteiras da parte sul. No dia 31 de janeiro de 1968, vietcongues invadiram Saigon e a embaixada dos EUA. As tropas dos EUA e dos sul-vietnamitas reagiram. Resultado: 165 mil vietnamitas mortos e 2 milhões de refugiados. Nos EUA, protestos populares não impediram a permanência das tropas norte-americanas e do horror na guerra. O EUA bombardeou extensas áreas do norte-vietnamita, bloqueou portos, mas o resultado não foi a derrota do inimigo. A intervenção norte-americana no Vietnã foi estendida ao Camboja, em 1970. No Camboja, a Khmer Vermelho (Partido Comunista local), apoiava Hanói e os vietcongues com alimentos e rotas de suprimentos militares. No Camboja, a diplomacia e a CIA norte-americana, intervieram pela deposição e ou sustentação de governantes.

Apesar do sofisticado armamento, os vietcongues e a guerrilha favorável aos norte-vietnamitas foi mais bem sucedida. Em 973, os EUA retirou-se do Camboja e do Vietnã. Os vietcongues esmagaram os soldados sul vietnamitas e reunificaram o país. No Camboja, o Khmer Vermelho instalou uma das mais sanguinárias ditaduras registradas na História, sob o comando de Pol Pot. No Camboja, mais da metade da população morreu de fome nos anos subsequentes. No Vietnã, o governo e o desenvolvimento da sociedade socialista alcançou resultados diferentes e opostos. O Vietnã invadiu o Camboja em 1978 e 1979, depondo o governo genocida de Pol Pot. Mas os desdobramentos da intervenção vietnamitas ainda colocaram o Camboja em situação de guerra em 1988. O Laos, o mais frágil dos três países da antiga colônia francesa da Indochina, sempre apresentou conflitos externos ou sob influência do Camboja, do Vietnã, da China e do intervencionismo norte-americano na área. Na ex-Indochina, a guerra perdurou, em alguns pontos, por mais de quatro décadas. Ao menos, duas gerações cresceram, viveram ou morreram sem conhecer a paz. Próximo dali, outro país emancipado no contexto de Guerra Fria com guerra civil de longa duração foi o arquipélago que forma a Filipinas. O intervencionismo norte-americano nas Filipinas foi mais ostensivo e permanente, até porque passou para o controle dos EUA depois da Guera Hispano Americana (1898). Bases militares dos EUA sustentaram e apoiaram os conflitos na Indochina. Até água filipina era transportada por aviões e navios para ser utilizada pelas tropas norte-americanas no Vietnã e Camboja. Nas Filipinas, o EUA apoiou a ditadura corrupta de Ferdinand Marcos de 1965 até 1987. Contra Marcos e o intervencionismo norte-americano, criaram-se grupos guerrilheiros, em geral sob influência do islâmico ou do marxismo.

Fonte: http://geocities.yahoo.com.br/mundohippie/vietna.htm

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