quarta-feira, 1 de março de 2017

Cuidado com os biomas brasileiros é tema da Campanha da Fraternidade 2017

 biomas brasileiros e a defesa da vida, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil abre oficialmente a Campanha da Fraternidade 2017 (Marcello Casal/Agência Brasil

Com o tema Fraternidade: biomas brasileiros e a defesa da vida, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil abre oficialmente a Campanha da Fraternidade 2017  MarcelloCasal/Agência Brasil

Com o tema Fraternidade: biomas brasileiros e a defesa da vida, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) abriu hoje (1º) a Campanha da Fraternidade 2017. Segundo a entidade, o objetivo da ação é dar ênfase à diversidade de cada bioma, promover relações respeitosas com a vida, o meio ambiente e a cultura dos povos que vivem nesses biomas. “Este é, precisamente, um dos maiores desafios em todas as partes da terra, até porque as degradações do ambiente são sempre acompanhadas pelas injustiças sociais”, disse o papa Francisco, em mensagem ao Brasil.

O papa destacou que o desafio global pela preservação, “pelo qual toda a humanidade passa”, exige o envolvimento de cada pessoa junto com a atuação da comunidade local. Para ele, os povos originários de cada bioma ou que tradicionalmente neles vivem oferecem um exemplo claro de como a convivência com a criação pode ser respeitosa.

“É necessário conhecer e aprender com esses povos e suas relações com a natureza. Assim, será possível encontrar um modelo de sustentabilidade que possa ser uma alternativa ao afã desenfreado pelo lucro que exaure os recursos naturais e agride a dignidade dos pobres”, argumentou o papa.

Para o arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, cardeal Sergio da Rocha, ninguém pode assistir passivamente à destruição de um bioma, por isso o assunto não pode ser deixado de lado pela Igreja. “Há muito a ser feito por cada um espontaneamente, como mudança no padrão de consumo, cuidados com a água e com o lixo doméstico, mas necessitamos de iniciativas comunitárias, que exigem a participação do Poder Público e ações efetivas dos governos”, disse. “Precisamos de um modelo econômico que não destrua os recursos naturais”, ressaltou.

Venda de terras a estrangeiros

O lançamento da campanha, hoje em Brasília, contou com a presença do deputado federal Alessandro Molon (REDE-RJ), presidente da Frente Parlamentar Ambientalista. Ele pediu o apoio da CNBB à Frente em projetos em tramitação no Congresso Nacional, destacando, entre eles, o projeto que quer liberar a venda de terras a estrangeiros. “Essa compra não será para proteger a biodiversidade, mas para estimular a exploração predatória e a serviço do dinheiro”, disse.

Para Molon, o desmatamento já é um problema no país e, se houver a facilitação da venda de terras a estrangeiros, tende a se agravar. Caso o projeto passe pela aprovação do Congresso será preciso, segundo o deputado, criar o máximo de barreiras possíveis. "Sabemos que a venda de terras será usada seja para expandir a fronteira agrícola, seja para levar a agropecuária a lugares onde hoje ainda têm biomas naturais”, disse.

Para o secretário de Articulação Institucional e Cidadania do Ministério do Meio Ambiente, Edson Duarte, a preocupação é que a possibilidade de venda a estrangeiros exerça uma pressão maior sobre os biomas brasileiros, já que a terra teria grande valorização. “É preciso fortalecer o setor, mas, talvez não necessariamente, com a abertura para venda ao exterior. O agronegócio é importante para a economia brasileira e é possível conviver com a proteção dos remanescentes florestais que temos no Brasil”, afirmou.

Segundo Duarte, caso o projeto saia do papel, o trabalho do ministério seria no sentido de garantir que as leis brasileiras, como o Código Florestal, sejam respeitadas, que o comércio não venha a exercer pressão sobre as florestas brasileiras.

De acordo com o cardeal Sérgio da Rocha, as terras devem ser valorizadas e respeitadas, considerando as pessoas que vivem e sobrevivem dela. “Elas não podem perder o direto às terras e à sua vida, e sua cultura deve ser valorizada nessas diferentes circunstâncias”.

Ações da campanha

O texto-base da Campanha da Fraternidade 2017, que tem como lema Cultivar e guardar a criação, aborda cada um dos seis biomas brasileiros, suas características e significados, desafios e as principais iniciativas já existentes na defesa da biodiversidade e da cultura dos povos originários.

Entre as ações propostas estão o aprofundamento de estudos e debates nas escolas públicas e privadas sobre o tema abordado pela campanha. Segundo a CNBB, o fortalecimento das redes e articulações, em todos os níveis, também é proposto com o objetivo de suscitar nova consciência e novas práticas na defesa dos ambientes essenciais à vida. Além disso, o texto chama a atenção para a necessidade de a população defender o desmatamento zero para todos os biomas e sua composição florestal.

No campo político, o texto-base da campanha incentiva a criação de um projeto de lei que impeça o uso de agrotóxicos. “Ele indica ainda que combater a corrupção é um modo especial para se evitar processos licitatórios fraudulentos, especialmente em relação às enchentes e secas que acabam sendo mecanismos de exploração e desvio de recursos públicos”, informou a CNBB.

No Brasil, a Campanha da Fraternidade existe há mais de 50 anos e sua abertura oficial sempre ocorre na Quarta-feira de Cinzas, quando tem início a Quaresma, época na qual a Igreja convida os fiéis a experimentar três práticas de penitência: a oração, o jejum e a caridade.

 

Agência Brasil

 

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Ajuda, São Pedro!

Flávio Florido/UOL

A conta de luz de março vai voltar a incluir a cobrança da taxa extra, a chamada bandeira tarifária. Neste mês, a bandeira será amarela, o que significa que serão cobrados R$ 2 a cada 100 kWh (quilowatts/hora) consumidos.
As bandeiras começaram a ser cobradas em janeiro de 2015 e servem para cobrir o custo mais alto de gerar energia por meio das usinas termelétricas, quando a falta de chuvas prejudica os reservatórios das hidrelétricas pelo país. Leia mais

 

Está com sorte?

Alex de Jesus/O Tempo/Estadão Conteúdo

O sorteio de hoje da Mega-Sena pode pagar até R$ 35 milhões para o jogador que acertar as seis dezenas. No último concurso, ninguém acertou os números sorteados e o prêmio acumulou.
Para tentar a sorte, é preciso ir a uma casa lotérica até as 19h (horário de Brasília). A aposta simples, com apenas seis números, custa R$ 3,50. Leia mais

 

Au revoir

Divulgação

A francesa Fnac anunciou que planeja sair do Brasil e já procura um comprador para ficar com as 12 lojas espalhadas pelo país. A companhia afirmou que houve equilíbrio entre despesas e receitas no último ano no país, e que a rentabilidade das vendas têm aumentado.
A Fnac está presente no Brasil desde o fim dos anos 1990, mas, há alguns anos, já tinha apontado dificuldades para atingir os resultados esperados no país. Leia mais

 

 

Volta do feriado de carnaval é tranquila nas estradas paulistas

 

Marli Moreira - Repórter da Agência Brasil

O movimento de retorno dos moradores da cidade de São Paulo neste feriado prolongado de carnaval é tranquilo nas estradas paulistas, segundo a Polícia Rodoviária Estadual. A única rodovia que apresenta lentidão é a Imigrantes, para quem retorna da Baixada Santista para a capita.

O Sistema Anchieta/Imigrantes (SAI) registra oito quilômetros de lentidão na Imigrantes, segundo a concessionária Ecovias. Mas, a maioria dos veículos que desceram a Serra do mar já retornou. Da zero hora da última quinta-feira até as 9h de hoje, 404 mil veículos passaram rumo à capital. Neste mesmo período, 474 mil veículos seguiram a caminho das praias.

Pelo corredor Ayrton Senna/Carvalho Pinto, que liga a capital ao Vale do Paraíba e ao litoral norte, o tráfego de veículos é normal. Segundo a Ecopistas, entre as 7h45 e as 8h45, 7,3 mil veículos passaram por este corredor no sentido da capital. A previsão para todo o feriado era a de receber entre 1,1 e 1,3 milhão de veículos, nos dois sentidos.

Na rodovia Presidente Dutra, que liga São Paulo ao Rio de janeiro, o movimento é tranquilo e abaixo do esperado pela concessionária Nova Dutra. A companhia deve divulgar um balanço da operação especial de carnaval amanhã (2).

Interior

De acordo com balanço parcial da AutoBan, concessionária que administra o Sistema Anhanguera/Bandeirantes, na ligação entre a capital e o interior com acesso à região de Campinas e de Ribeirão Preto, da zero hora da última sexta-feira (24) até às 07h30 de hoje (1), circularam por essas rodovias 793 mil veículos tanto em direção à São Paulo quanto no caminho oposto.

Esse volume ficou abaixo do esperado que era de 950 mil veículos. Neste período, foram registrados 111 acidentes, 63 feridos e uma morte. A concessionária prevê que entre as 10h de hoje (1º) e as 19h, o movimento deva ficar mais intenso, com a volta dos que puderam esticar mais a folga prolongada.

O motoristas também encontram as pistas livres na rodovia Fernão Dias, que liga São Paulo a Belo Horizonte, segundo informa a concessionária Autopista.

 

Agência Brasil

 

Jejum prolongado poderá ser dispensado em exames de perfil lipídico

 

Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil

Em decisão recente, diversas organizações da área médica optaram por flexibilizar a necessidade de jejum de 12 horas para exames de sangue de perfil lipídico – entre eles, colesterol total, LDL C, HDL C, não HDL C e triglicérides. A partir de agora, a exigência do período sem ingestão de qualquer tipo de alimento pode ser dispensada.

O documento, distribuído aos laboratórios brasileiros no início de dezembro, foi elaborado em conjunto pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial, Sociedade Brasileira de Análises Clínicas, Sociedade Brasileira de Diabetes e Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

De acordo com a orientação, a obrigatoriedade do jejum deverá ser avaliada pelo médico que acompanha o paciente em casos específicos. A flexibilização evita que um paciente diabético, por exemplo, corra o risco de ter uma hipoglicemia por causa do jejum prolongado, entre outros transtornos e intercorrências mais comuns em gestantes, crianças e idosos.

“A não obrigatoriedade do jejum, na maioria dos casos, se dá pela constatação de que, graças ao avanço das metodologias diagnósticas, o consumo de alimentos antes da realização desses exames – desde que habituais e sem sobrecarga de gordura – causa baixa ou nenhuma interferência na análise do perfil lipídico”, informou a Sociedade Brasileira de Análises Clínicas.

O órgão destacou, em nota, que, além de mais comodidade para o paciente, outro benefício decorrente da flexibilização é a oportunidade que os laboratórios de análises têm de otimizar o atendimento, com mais horários disponíveis para a coleta, reduzindo assim o congestionamento – sobretudo no início das manhãs.

“Essa prática já é realidade nos Estados Unidos, no Canadá e em alguns países da Europa, e a intenção é que seja gradualmente aceita pelos laboratórios do país. Para facilitar essa transição, as sociedades médico-laboratoriais detalharam as recomendações para o atendimento do paciente no estabelecimento e também para um modelo ideal de laudo laboratorial,” diz o informe.

As novas regras definem os seguintes critérios:

- Quando o médico solicitante indicar o tempo específico de jejum para o exame requerido, é recomendável que o laboratório siga tal orientação;

- No caso de uma coleta de amostra para o perfil lipídico sem jejum, é recomendado que o laboratório informe no laudo o estado metabólico do paciente no momento da coleta da amostra, isto é, o tempo de jejum;

- Quando houver, na mesma solicitação de perfil lipídico, outros exames que necessitem de jejum prolongado, o laboratório clínico poderá definir o jejum de 12 horas, contemplando todos os exames;

- Para alinhamento entre instituições e profissionais envolvidos desde o pedido do exame até o diagnóstico, recomenda-se a inserção da seguinte frase no laudo: “A interpretação clínica dos resultados deverá levar em consideração o motivo da indicação do exame, o estado metabólico do paciente e a estratificação do risco para o estabelecimento das metas terapêuticas”.

 

Agência Brasil

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