Líder
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Período
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Programa
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Mao Tse-Tung
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1949-1976
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Grande salto para frente, crescer com os
próprios pés, a Grande Revolução Cultural proletária
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Deng Xiaoping
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1976-1993
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As quatro modernizações
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Jiang Zeming
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1993-2003
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Abertura ao capitalismo internacional e
inserção da China Popular no comércio mundial
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Hu Jintao
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A partir de 2003
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Revolução
cultural e terror
Programa
esse produto de uma formidável reação de bom senso aos horrores
que o país conheceu na época da Revolução Cultural (1996-1976),
decênio em que Chiang Ching, a mulher e Mao, e mais uns três
fanáticos, o Bando dos Quatro, quase arruinaram a nação. Época
vergonhosa em matilhas de imberbes, fanatizados pelas leituras do
Livro Vermelho do Camarada Mao, - citações selecionadas pelo
extremista Lin Piao -, tomaram de assalto as ruas, ocupando escolas,
fábricas e repartições por todo o país, dando caça a quem
consideravam contrarrevolucionários. Quase toda a milenar cultura
chinesa esteve ameaçada por hordas dos ultrarradicais insuflados
pela Madame Mao, que não se detinham nem frente aos veneráveis
tratados de Confúcio, de Mencio, ou de Lao Tse.
A lava
humana formada por milhares de jovens enlouquecidos, marchando ao som
de cornetas e tambores, embalados por cantorias revolucionárias,
queimava tudo a sua passagem. Personagens consagrados do mundo das
letras, da educação, das ciências & artes, denunciados como Yu
Pai, direitistas conciliadores, foram submetidos à rituais públicos
humilhantes, indignos, bestiais. Arrastados pelas ruas – vestidos
com pateticos sambenitos, com cartazes infames pendurados no peito -,
parecendo os sacrificados dos tempos da Santa Inquisição, as
vítimas dos Guardas Vermelhos foram socadas e chutadas pelas turbas
vociferantes, furiosas. Milhares foram linchados, em Xangai
afogaram-nos em massa. Nem mesmo alguns mesmos alta hierarquia do
partido comunista, os Zou Zi Pai, os dúbios, foram poupados. Como
deu-se com Li Chao-Chi e Deng Xiaoping que além de exonerado e
desterrado, teve um filho seu aleijado quando a malta invadiu-lhe o
apartamento. Qualquer coisa que parecia diferente, melhor, com mais
qualidade, aos olhos daqueles igualitários loucos, atraia-lhes um
ódio cego.
Uma
China devastada
A Grande
Revolução Cultura Proletária, na sua essência, não foi senão a
expressão incontrolável, violenta e doida de um milenar
ressentimento até então sufocado. Energia negativa que Mao Tse-Tung
(naquilo que foi talvez o seu maior equívoco como estadista), tratou
de canalizar para o seu lado na luta pelo poder contra seus
camaradas. Aquelas massas chinesas ignorantes, conscientes de que
sabiam muito pouco ou que se de nada sabiam, resolveram por tudo
abaixo Palácios, museus, quadros com belas paisagens, livros
escritos com a maravilhosa caligrafia artística dos mandarins, vasos
preciosos, porcelanas requintadas, cenários de ópera e de filmes,
tudo foi varejado, incinerado ou varrido do mapa. Imagine-se o
estrago que tal explosão vulcânica provocou!
Escolas
e universidades ficaram fechadas por dez anos, todo o ensino técnico
foi suspenso, fábricas paralisadas várias vezes, enquanto a lavoura
foi abandonada à ação das pragas. Nenhum país, que se saiba, fez
tanto mal a si mesmo como a China naquela trágica época de
tumultos, tendo como resultado final a imposição da igualdade na
miséria. A nação, passado o decênio de desatinos cometidos pela
ultra esquerda, quase soçobrou arruinada. Agora, superados os
tormentos, é a vez dos novos eleitos, os nove dragões (que na
mitologia chinesa são benignos) pragmáticos de cabeça fria que
receberam o Mandato do Céu para conduzir a nação dos Han frente
aos imensos desafios dos próximos anos.
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