O velório de Marisa Letícia Lula da Silva foi encerrado neste sábado (4) por volta das 15h35 após um longo discurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula falou por cerca de 40 minutos logo depois de uma cerimônia ecumênica presidida pelo bispo emérito da diocese de Bauru, dom Dom Angélico Sândalo Bernardino.
“Eu vou continuar agradecendo à Marisa, até o dia que eu não puder mais agradecer, o dia em que eu morrer. Espero encontrar com ela, com esse mesmo vestido que eu escolhi para colocar nela, vermelho, para mostrar que a gente não tinha medo de vermelho quando era vivo, e não tinha medo de vermelho quando morre”, disse Lula.
São Bernardo do Campo - Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursa no velório da ex-primeira-dama Marisa LetíciaAdonis Guerra/SMABC
O ex-presidente alternava a fala pausada com momentos em que era tomado pela emoção, e era interrompido por palmas de populares, familiares, amigos e militantes do PT que lotavam o terceiro andar do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP). Lula lembrou dos momentos em que conheceu Marisa, no Sindicato, e da história deles juntos.
“Ela está com uma estrelinha do PT no seu vestido, e eu tenho orgulho dessa mulher. Muitas vezes essa molecada [os sindicalistas] dormia no chão da praça da matriz [de São Bernardo do Campo] e a Marisa e outras companheiras vendendo bandeira, vendendo camiseta para a gente construir um partido que a direta quer destruir”, disse.
No momento mais forte de seu discurso, o ex-presidente disse que Marisa morreu triste, que fizeram uma “canalhice” contra ela e que quer provar a inocência da esposa nas investigações da Operação Lava Jato, em que era ré junto com Lula em duas ações penais. “Na verdade, Marisa morreu triste. Porque a canalhice que fizeram com ela, e a imbecilidade e a maldade que fizeram com ela, eu vou dedicar [Lula não encerrou a frase]. Eu tenho 71 anos, não sei quando Deus me levará, acho que vou viver muito, porque eu quero provar que os fascínoras que levantaram leviandade com a Marisa tenham, um dia, a humildade de pedir desculpas a ela”, disse, emocionado.
Cremação
Após o velório, o corpo da ex-primeira-dama foi o cremado do cemitério Jardim da Colina, em São Bernardo do Campo. A ex-primeira-dama morreu ontem (3), aos 66 anos, após ficar dez dias internada no hospital Sírio-Libanês onde Marisa estava internada desde o dia 24 de janeiro após sofrer um acidente vascular cerebral hemorrágico.
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Pré-carnaval no Rio tem desfiles de blocos e ensaio para tributo a Pixinguinha
Paulo Virgílio
A Banda de Ipanema, um dos mais tradicionais blocos de rua do carnaval carioca, com 53 anos de existência, realizou nesta tarde um ensaio na Praça General Osório, em Ipanema. No próximo sábado (11), a banda realiza seu desfile pré-carnavalesco pelas ruas do bairro da zona sul do Rio de Janeiro, voltando a sair no sábado (25) e na terça-feira (28) de Carnaval.
Este ano, a Banda de Ipanema fará uma homenagem especial aos 120 anos de Pixinguinha (Alfredo da Rocha Vianna Filho, 1897-1973), incluindo no repertório outras obras do compositor, além de Carinhoso, que os músicos da banda executam todo o ano quando o bloco passa em frente à Igreja Nossa Senhora da Paz. Esta homenagem ocorre desde 1973, quando Pixinguinha morreu na igreja em pleno carnaval, durante um batizado no qual era padrinho, e a banda passava pelo local.
Apoiada e integrada por artistas e intelectuais desde sua fundação, a Banda de Ipanema também prestará homenagens no carnaval de 2017 a cinco personalidades cujos centenários são comemorados este ano. São eles o comunicador Abelardo Chacrinha Barbosa, o escritor Antonio Callado, a cantora Dalva de Oliveira, o maestro Severino Araújo e o jornalista João Saldanha.
Outros blocos
Também fez seu ensaio na tarde deste sábado a agremiação Larga a onça, Alfredo!, na Praça São Salvador, em Laranjeiras, também na zona sul. Na região central da cidade, a Liga dos Blocos da Zona Portuária percorre o bairro da Saúde, das 18h até a meia-noite.
Ainda na zona portuária, desfilou hoje à tarde o Eles que digam, no Santo Cristo. Na zona norte, teve o Seu Kuka, no Grajaú, e o Beijo Quente, na Fazenda Botafogo, e na zona oeste o É pequeno mas não amolece, no Recreio.
Amanhã (5), o bloco Só Caminha se concentra ao meio-dia no Largo dos Leões, em Botafogo. Às 14h, a Banda do Jiló reúne os foliões na Rua Pinto de Figueiredo, na Tijuca, na zona norte. A previsão da Prefeitura do Rio é de os desfiles deste fim de semana pré-carnavalesco reúnam um total de 25 mil foliões.
Blocos de carnaval na Vila Madalena, em São Paulo, terminarão mais cedo
Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil
O carnaval na Vila Madalena, zona oeste da capital paulista, terminará mais cedo este ano. O prefeito regional de Pinheiros, Paulo Mathias, informou ao Ministério Público de São Paulo (MP) que os blocos que vão desfilar na região desligarão o som às 19h para que a dispersão seja feita até as 20h. No ano passado, os grupos tinham de encerrar as atividades até as 20h.
A previsão é que na folia deste ano 89 blocos desfilem na região. O encontro entre a prefeitura e o MP discutiu o planejamento para o carnaval na Vila Madalena, que costuma ter uma grande concentração de público. O promotor César Martins cobrou, em nome dos moradores do bairro, medidas que garantam o conforto dos residentes, não apenas dos frequentadores da festa.
Devem ser mantidas medidas como o controle de entrada de público na parte central do bairro, no quadrilátero formado pelas ruas Inácio Pereira da Rocha, Harmonia, Wisard e Simão Álvares. Os bares da área deverão fechar as portas às 22h, para evitar a continuidade da aglomeração no local.
O calendário oficial de eventos do carnaval paulistano deste ano vai de 17 de fevereiro a 5 de março. Na Vila Madalena, a festa começa no dia 18, a partir das 9 horas. Todos os blocos da região deverão começar os desfiles antes das 15h, como forma de evitar atrasos na dispersão.
Ao total, fizeram cadastro na prefeitura 495 blocos em toda a cidade, um crescimento de 60% em comparação aos 384 grupos que promoveram festas em 2016.
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