Diretor-presidente diz que assunto tem origem na questão da segurança no transporte
EPTC irá estudar o fim do pagamento em dinheiro nos táxis de Porto Alegre | Foto: Guilherme Testa
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Jessica Hübler
A circulação de dinheiro nos táxis, ônibus e lotações de Porto Alegre pode ser uma realidade na nova gestão municipal. A ideia, de acordo com o diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Marcelo Soletti, tem origem na questão da segurança no transporte público da Capital. “O dinheiro no transporte é um dos fatores de risco que tem aumentado a possibilidade de assalto, especialmente em relação aos táxis”, afirmou Soletti.
Segundo o diretor-presidente da EPTC, a ideia é que a possibilidade de retirada da circulação e dinheiro nos táxis possa ser estudada a partir de março. “Pretendemos conversar com os próprios taxistas para saber o que eles acham, por enquanto estamos na ideia do prefeito dentro das melhorias do transporte”, declarou. Para Soletti, seria uma ação integrada para todo o transporte, para dar maior segurança e reduzir os crimes.
“A possibilidade de assalto traz insegurança para os usuários do transporte público, esta ideia será uma conversa para os próximos dias”, informou.
Os pagamentos seriam realizados antecipadamente, em cartões de débito ou crédito; ou por meio de aplicativos. Soletti informou que a ideia está sendo amadurecida junto à Prefeitura e deve convocar a categoria para uma conversa no início de março. “Tenho certeza que eles (taxistas) também estão bastante preocupados com a questão da segurança. Acredito que muitos iriam topar”, afirmou.
O taxista Jorge Furtado, de 54 anos, não concorda com a retirada do dinheiro nos táxis. “Para mim é um absurdo, não adianta tirar o dinheiro, a criminalidade já tomou conta”, afirmou Furtado. Ele trabalha há mais de 20 anos com táxi e diz que nunca foi assaltado. Para Juliano Mottin, de 38 anos, a medida não deve funcionar. “Tem dinheiro em todo o sistema de transporte, eu acho que não vai funcionar tirar o dinheiro. E quem não tem cartão?”, questionou Mottin.
Para o presidente do Sindicato dos Taxistas de Porto Alegre (Sintáxi), Luiz Nozari, é impossível retirar na totalidade o dinheiro dos táxis. “A lei impede, como prestador de serviço público o taxista é obrigado a aceitar o pagamento que o passageiro quiser efetuar. Sempre haverá aquele que quer pagar com dinheiro”, afirmou Nozari. Segundo o presidente da entidade, é possível que, futuramente, a quantidade de dinheiro em espécie possa diminuir, mas não vai acabar. “Acho que a retirada total não tem muito a ver com a nossa realidade, no ônibus talvez seja possível, no taxi não”, declarou.
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Tribunal norte americano decide nesta semana se veta cidadãos de sete países
José Romildo - Correspondente da Agência Brasil
A Corte Federal de Apelação dos Estados Unidos (EUA) ouviu nessa terça-feira (7) os argumentos do governo em favor do restabelecimento do veto para a entrada no país de refugiados e cidadãos de sete países de maioria muçulmana. O tribunal ouviu também as razões da procuradoria do estado de Washington, responsável pelo questionamento jurídico que colocou Donald Trump pela primeira vez na defensiva, desde que assumiu a presidência dos Estados Unidos em 20 de janeiro.
No fim da audiência, a comissão anunciou que deve decidir ainda esta semana se mantém a decisão da primeira instância, que suspendeu a medida, ou se restabelece o veto para a entrada de refugiados e cidadãos provenientes de nações muçulmanas. Por ser um assunto que está dominando o interesse dos Estados Unidos, a audiência, realizada no Nono Circuito da Corte de Apelação, com sede em San Francisco, no estado da Califórnia, foi transmitida ao vivo para todo o país.
Pelo tom das perguntas, jornalistas e comentaristas disseram nas redes de televisão que a comissão, formada por três juízes, expressou ceticismo sobre a necessidade de proibir pessoas de certo países e que professam uma determinada religião, a entrar nos EUA. Os juízes fizeram um duro interrogatório a um advogado do Departamento de Justiça para questionar os limites do poder do presidente Donald Trump de bloquear de forma temporária, por meio de ordem executiva, a entrada em território norte-americano de refugiados e cidadãos de sete países de maioria muçulmana.Os juízes não só fizeram cobranças como também pediram provas do advogado que mostrem as razões de segurança que levaram o Executivo a adotar a medida.
A comissão também interrogou de forma incisiva a atitude do procurador-geral do estado de Washington, que entrou com uma ação - e foi atendido por um tribunal de primeira instância - visando a interromper a ordem de Trump.
Nota executiva
A ordem executiva assinada por Trump, anunciada no Pentágono no dia 27 de janeiro, suspende todo o sistema de admissão de refugiados dos Estados Unidos por 120 dias. Também suspende o programa de refugiados da Síria indefinidamente e proíbe a entrada nos Estados Unidos, por 90 dias, de pessoas de sete países majoritariamente muçulmanos - Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen. A ordem de Trump foi a primeira a ser anulada por um tribunal de primeira instância. O veto à entrada de refugiados e cidadãos de países muçulmanos também provocou um um movimento de protesto nos Estados Unidos de cidadãos americanos e imigrantes em solidariedade às pessoas prejudicadas pela ordem.
Os três juízes que compõem o Nono Circuito da Corte de Apelação são: William C. Canby Jr., nomeado pelo ex-presidente Jimmy Carter, Richard Clifton, nomeado pelo ex-presidente George W. Bush, e Michelle Taryn Friedland, nomeada pelo ex-presidente Barack Obama.
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