sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Confiança da indústria recua 1,2 ponto em fevereiro

O Índice de Confiança da Indústria, medido pela Fundação Getulio Vargas, recuou 1,2 ponto em fevereiro, atingindo o total de 87,8 pontos. No mês anterior, o índice havia avançado 4,3 pontos. No trimestre, o índice subiu 0,5 ponto, totalizando 87,2 pontos.

Indústrias

Expectativa de produção nos próximos três meses foi a que mais diminuiu em relação à medição anteriorArquivo/ Agência Brasil

A queda da confiança ocorreu em cinco dos 19 segmentos industriais pesquisados. Após subir 4,7 pontos em janeiro, o Índice de Expectativas recuou 1,7 ponto em fevereiro, atingindo 89,3 pontos. A principal contribuição para a piora da expectativa partiu do quesito que capta as previsões para a produção nos três meses seguintes. O indicador caiu 2 pontos em fevereiro, atingindo 88,7 pontos, o menor nível desde maio de 2016.
O Índice da Situação Atual recuou 0,6 ponto, chegando a 86,4 pontos. O nível de demanda atual exerceu a maior contribuição para a diminuição desse índice. O indicador caiu 2,3 pontos em fevereiro, para 82,9 pontos. O percentual de empresas que avaliam o nível de demanda como forte passou de 6,3% para 5,9% do total; o das que o consideram fraco aumentou de 31,3% para 38,7%.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada diminuiu 0,3 ponto percentual em fevereiro, totalizando 74,3%. No trimestre, o índice subiu 0,2 ponto percentual, chegando a 73,9%.

Para Aloisio Campelo Junior, superintendente de Estatísticas Públicas da FGV, a queda do Índice da Confiança em fevereiro, após a alta expressiva de janeiro, mostra um movimento de acomodação. Segundo ele, o cenário econômico traz notícias favoráveis à atividade, como a queda de juros e a injeção de recursos das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) no mercado. Isso pode levar a uma elevação da confiança nos próximos meses.

 

Agência Brasil

 

Prime Cia. Imobiliária - Imobiliária em Porto Alegre / RS

Resultado de imagem para prime cia imobiliária

http://www.primeciaimobiliaria.com.br/

 

Leão faminto

iStock/RyanJLane

Em 2017, o contribuinte vai pagar, no mínimo, 4,5% de Imposto de Renda a mais do que desembolsou em 2016.
Isso acontece porque a Receita Federal não atualizou os descontos possíveis, nem corrigiu a tabela de quem deveria pagar imposto. Leia mais

 

Mercado financeiro

AFP

A Bovespa teve queda de 1,67%, com 67.461,39 pontos. A desvalorização aconteceu, principalmente, pelo mau desempenho das ações da mineradora Vale, que caíram mais de 4%, e da Natura, com baixa de 6,17%.
No mercado de câmbio, o dólar caiu 0,46%, cotado em R$ 3,056. Esse é o menor valor da moeda americana desde 21 de maio de 2015. Leia mais

 

Clássico polêmico

Rubens Cavallari/Folhapress

O volante corintiano Gabriel está livre para jogar no sábado contra o Mirassol. O Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo suspendeu o cartão vermelho que ele recebeu no clássico contra o Palmeiras.
O árbitro expulsou Gabriel no fim do primeiro tempo. Só que quem cometeu a falta foi Maycon. Leia mais

 

Paciente com câncer sofre com falta de medicamento no Hospital de Bonsucesso

 

Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil

Pacientes com câncer do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), em Bonsucesso, zona norte do Rio de Janeiro, têm dificuldade de acesso à medicamentos e ao tratamento. Nesta semana, pacientes entraram em contato com a Agência Brasil para relatar a falta dos fármacos irinotecano e Fluoracil na unidade e o adiamento das sessões de quimioterapia. Representantes da Defensoria Pública da União e do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro estiveram no hospital nesta semana para avaliar a situação. O problema tem sido recorrente, segundo o filho de uma paciente que preferiu não se identificar para não expor a mãe.

“No início de 2016 houve falta de Oxaliplatina. Após algum tempo de tratamento incompleto, outros medicamentos foram receitados. O tratamento foi retomado mas interrompido em novembro, o hospital ficou sem Irinotecano e Fluoracil”, contou ele. “Somente este mês nos chamaram para recomeçar o tratamento após esta pausa de três meses. Depois de apenas duas sessões, que foram feitas mesmo sem a chegada do Fluoracil, o tratamento está suspenso pela falta do Irinotecano,” disse.

Os pacientes registram reclamação na Ouvidoria do hospital, mas nunca há uma previsão da chegada dos remédios. “Sem a quimioterapia o câncer pode avançar e o tumor voltar a crescer. Isso mexe com a sobrevida do paciente e com a chance de cura”, disse o filho da paciente. “Soubemos que médicos estão deixando o hospital, deduzimos ser pela dificuldade em trabalhar sem recursos. A equipe de enfermagem é muito atenciosa e gentil. O oncologista que nos atende é um profissional extremamente qualificado e dedicado. Torcemos para que não chegue em seu limite e opte por trabalhar em outro hospital que tenha melhores condições de trabalho. Os pacientes do SUS mais uma vez sairiam perdendo.”

Uma nova reunião foi marcada para o dia 9 de março, após o recesso de carnaval, com as unidades no Rio de Janeiro que prestam serviços de oncologia para discutir a crise no setor, e quando será dado um prazo curto para encontrarem uma solução.

“Fizemos uma pesquisa e visitamos 19 hospitais que têm oncologia e a situação é catastrófica”, disse o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro ( Cremerj) , Nelson Nahon. “O tempo de espera dos pacientes que conseguem entrar no sistema é dez meses a um ano entre o diagnóstico e o tratamento”. A lei determina que o início do tratamento de quimioterapia não ultrapasse 60 dias.

Saiba Mais

O presidente do corpo clínico, Baltazar Fernandes, informou ao Cremerj  que a crise já foi anunciada há tempos,  e agora chegou ao total déficit de insumos, equipamentos e profissionais. “Nossos médicos estão adoecendo por não terem condições adequadas de atender a população”, contou Baltazar.

Em nota, o hospital informou que o atendimento oncológico no ano passado aumentou em quase 20%,  incluindo consultas de pacientes com câncer e sessões de quimioterapia, em relação ao ano anterior. A instituição garante que nenhum serviço foi interrompido e que a unidade fez mais de 11,4 mil atendimentos oncológicos, além dos atendimentos de emergência aos pacientes com câncer, em 2016.

Pela localização, a assessoria do hospital afirmou que pacientes da zona norte da cidade e da Baixada Fluminense têm recorrido de forma mais intensa à unidade por não encontrar atendimento em outras unidades. “A emergência do hospital está funcionando com 83% além da capacidade e, mesmo assim, atendeu a todos os pacientes”, diz a nota do HFB.

Em novembro do ano passado, a Defensoria Publica da União solicitou a Polícia Federal que abrisse um inquérito para investigar a falta de medicamentos e de assistência aos pacientes com câncer da unidade.

Segundo a unidade, 40% dos pacientes na emergência são pessoas com diagnóstico ou suspeita de câncer. Entre todos os pacientes na emergência, 44% são provenientes de outras cidades, em especial da Baixada Fluminense. 

O Ministério da Saúde informou que a rede de seis hospitais no Rio de Janeiro, além do Instituto Nacional de Câncer (Inca), está redefinindo o perfil assistencial e cirúrgico para ampliar os serviços oncológicos em todas as unidades, devido à demanda crescente da capital e demais municípios do estado. Em 2016, mais de 90 mil atendimentos oncológicos foram feitos nesses hospitais,  com 10,8 mil a mais que no ano anterior. 

Segundo o Ministério da Saúde, a pasta repassou, em 2016, ao estado para o atendimento de média e alta complexidade - que engloba internações e tratamentos de câncer, por exemplo - R$ 3,99 bilhões ao estado, responsável por este tipo de serviço, e R$ 3,09 bilhões ao município, gestor pleno da saúde no Rio.

 

Agência Brasil

Nenhum comentário:

Postar um comentário